Mantega prevê crescimento de 4,5% em 2006 e 4,75% em 2007

O ministro da Fazenda, Guido Mantega disse que o país deve tirar o foco das taxas de juros e das contas fiscais, que já estão em boa situação, e centrar-se em como crescer mais. Mantega prevê que o Brasil crescerá entre 4% e 4,5% neste ano. Mantega prevê

Segundo ele, o produto industrial deve contribuir para atingir este patamar, pois, pelos dados do primeiro trimestre que indicam melhora ante o mesmo período de 2005, é possível estimar um crescimento da atividade industrial de 6% em 2006."Há um fortalecimento do mercado interno e esta será a força propulsora do crescimento deste ano", afirmou Mantega, durante sua exposição na reunião regional de consulta ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Também o cenário internacional deve continuar favorável ao crescimento das economias mundiais, disse, mesmo com a continuidade da elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos. "A situação está favorável para o crescimento e existe otimismo", disse ele.

 

 

 

Para Mantega, será possível aumentar a taxa de expansão do produto sem pressões inflacionárias, principalmente porque os preços administrados têm se mostrado bem controlados. "A política monetária responde ao desafio da inflação. A inflação está sob controle e os preços, bem-comportados", afirmou o ministro. “Por isso a taxa vai continuar caindo no país", reforçou. Mantega avaliou que o juro básico continuará caindo, apesar do tom mais cauteloso da última ata do Copom, e reiterou que o Brasil irá cumprir a meta fiscal. Questionado se a ata do Copom indica desaceleração dos cortes da Selic, o ministro disse que essa pode ser uma interpretação, mas ressaltou que "os textos nunca são tão explicativos". Para ele, o BC sempre tem uma posição de cautela.

 

 

Mas, diante das expectativas de inflação abaixo do centro da meta e da redução dos preços no atacado, "nós podemos ter certeza de que continuará havendo uma redução da taxa de juros." Sobre o desempenho fiscal do setor público, que em março teve ajuda principalmente das estatais, Mantega disse: "Se foi a Petrobras, se foi o BNDES, se foi o governo (não importa)." "A meta tem que ser cumprida pelo conjunto das entidades e nós estamos numa situação tranquila. Vamos cumprir a meta até o final do ano", afirmou. A ata do Copom afirmou que os próximos cortes de juros podem ser feitos com "maior parcimônia". O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou ver uma "contradição" entre as declarações do ministro e a ata do Copom, que, para ele, tem um tom mais "pessimista" do que o adotado por Mantega.

 

 

Com agências