Puerto Suárez pára em defesa de empresa brasileira ilegal

Uma mobilização convocada pelos dirigentes cívicos de Puerto Suárez – associada à oligarquia boliviana – paralisou indefinidamente a cidade exigindo que o governo legalize a brasileira EBX, que segundo as

O ato, que teve a participação de cerca de 1.500 pessoas, foi realizado na noite de ontem em Arroyo Concepción. No ato, o dirigente cívico de Puerto Suárez, Edil Gericke, chamou o presidente Evo Morales de comunista. E foi seguido pelos participantes, que passaram a repetir em coro “Evo comunista”.

 

Em La Paz, o governo advertiu que não cederá a “pressões e chantagens políticas” de Puerto Suárez. O vice-presidente da República, Álvaro García, denunciou que por trás das medidas de pressão de Puerto Suárez estão políticos opositores das câmaras dos Deputados e Senadores.

 

“Não se negocia com uma paralisação e uma greve indefinida à soberania deste país. Temos visto por trás destas ações decisões de políticos inconstantes, um conjunto de funcionários políticos do Senado, de deputados e de antigas gestões do governo que seriam as pessoas que teriam comprado terra e que estariam envolvidos no negócio. Frente a essas pressões e chantagens políticas não vamos ceder”, disse.

 

Em Puerto Suárez, o líder opositor Gericke disse que – apesar da ilegalidade – não irão parar sua defesa da EBX porque gera mil empregos e que nos registros do governo, o número de trabalhadores eventuais alcança apenas 60. Mas o diretor geral de Assuntos Jurídicos do Ministério da Presidência, Rodolfo Illanes, desmascara o oligarca: “Estão criando falsas expectativas com empregos e querem confundir com o processo de licitação, que continua em voga. Consideramos que a EBX, por ética e moral, não deve se apresentar”.

 

Dias atrás, o empresário brasileiro Eike Batista, disse que apenas estava respeitando o prazo até o dia 28, dado pelos líderes comunitários e prefeitos das localidades de Puerto Suárez, Puerto Quijarro e Germán Busch, para anunciar uma decisão definitiva – ainda que o governo já tenha lhe respondido “que não será fácil abandonar a Bolívia sem que a empresa responda a um processo penal”.

 

Da Redação

Com agências.