Amorim adverte contra “aumento excessivo” do gás

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, observou nesta sexta-feira (5) que existem limites para o anunciado aumento do gás boliviano exportado para o Brasil. "Não sei nem os percentuais. Acho que isso não &eacute

"O gás só existe no Brasil porque ele chega aqui a um preço competitivo em relação ao óleo combustível, em relação ao gás liquefeito e a outras fontes de energia. A questão do preço fica condicionada a isso", disse Amorim. O Brasil paga hoje US$ 3,23 por milhão de BTUs (unidade térmica usada para medir o gás). O preço no mercado internacional oscila entre US$ 7,5 e 8 por milhão de BTUs.

Durante a reunião realizada ontem (4), em Puerto Iguazú, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Evo Morales, da Bolívia, Néstor Kirchner, da Argentina, e Hugo Chávez, da Venezuela, ficou garantido o fornecimento do gás da Bolívia para o Brasil. A decisão sobre o preço ficou para a próxima semana.

Há dois dias, em entrevista à Agência Boliviana de Informação (ABI), Evo Morales já previa a necessidade de aumento no preço do gás exportado. "Sim, Brasil e Argentina têm que aumentar o preço do gás que estão comprando. Segundo o acordo, os preços já deveriam ter sido revisados em 2004. Lamento que os governos não tenham feito isso", disse o presidente boliviano.

Com agências