Espanha quer conciliar interesses da Repsol e da Bolívia

O ministro da Indústria da Espanha, José Montilla, disse que a negociação entre Espanha e Bolívia deve conciliar "o interesse legítimo" da companhia petrolífera hispano-argentina Repsol YPF com o "também legítimo

Montilla lembrou que o decreto aprovado pelo governo do presidente Evo Morales sobre a nacionalização dos hidrocarbonetos fixa um prazo de 180 dias em que as empresas deverão renegociar as condições de operação na Bolívia "e, portanto, é preciso negociar e dialogar". Em visita à cidade de Oviedo, o ministro espanhol ressaltou que o governo espanhol encara o processo com "vontade de dialogar".

Montilla lembrou que o governo boliviano usou suas prerrogativas e sua "soberania" e faz parte de uma comunidade, a ibero-americana, à qual a Espanha também pertence. Os governos da Espanha e da Bolívia concordaram na sexta-feira em abrir negociações sobre as conseqüências, para a empresa petrolífera hispano-argentina Repsol YPF, da nacionalização dos hidrocarbonetos bolivianos decretada na semana passada.

Após se reunir com Morales, o secretário espanhol de Estado de Assuntos Exteriores, Bernardino León, que comanda a delegação oficial enviada a La Paz para analisar a situação, anunciou o início de um processo de "diálogo e negociação".

Com agências