Montesinos é condenado no Peru por enriquecimento ilícito

Vladimiro Montesinos utilizou parentes e testas-de-ferro para acumular uma fortuna de US$ 50 milhões, proveniente da cobrança de comissões pelas compras de armas para os militares O ex-assessor presidencial peruano Vladimiro Montesino

A condenação faz parte do gigantesco processo contra outras 56 pessoas, no qual testas-de-ferro, parentes e a amante de Montesinos estão sendo processadas. Ele era o braço direito de Alberto Fujimori, na época (1990-2000) então presidente do Peru.

O tribunal determinou que o ex-assessor, que está preso desde junho de 2001 e já foi condenado por corrupção, utilizou seus parentes e testas-de-ferro para acumular uma fortuna de US$ 50 milhões, proveniente da cobrança de comissões pelas compras de armas para os militares.

A investigação ressaltou que a família de Montesinos e a sua amante tinham um estilo de vida "de ricos e famosos", com carros de luxo e viagens a Buenos Aires e Nova York, onde faziam compras nas lojas de marcas famosas com cartões de crédito sem limite de despesas.

Desde junho de 2001, o ex-chefe do Serviço de Inteligência Nacional está preso na base naval de Callao. Ele é processado por dezenas de crimes contra os direitos humanos, enriquecimento ilícito, narcotráfico, subornos, tráfico de armas e espionagem telefônica.

Chamado de "Doutor" e "Rasputin", o ex-assessor aproveitou sua posição para espionar e controlar quase todas as pessoas importantes e influentes do país. Ele gravou em vídeo os atos que, finalmente, acabaram com seu poder e com a ditadura de Fujimori.

Com agências internacionais