180 mil chineses são retirados de caminho de tufão

Mais de 180 mil pessoas foram removidas na província de Cantão diante da iminente chegada do tufão Chanchu ("Pérola"), enquanto Hong Kong mantém o alerta de nível três, informaram nesta quarta-feira autoridades

Em Cantão, na terça-feira à noite, mais de 25 mil navios tiveram que atracar. Os habitantes das zonas costeiras mais ameaçadas foram removidos, anunciou o escritório provincial de prevenção de desastres, citado pela agência Xinhua.

Segundo o último boletim meteorológico da manhã desta quarta-feira, o Chanchu, que nas Filipinas causou 37 mortes, está 440 quilômetros ao sul da cidade cantonesa de Shanwei. Ele se desloca em direção nordeste, com ventos de até 162 quilômetros por hora em seu centro.

A influência da primeira tempestade tropical do ano já causou ventos de força 8 no centro da província e nas áreas costeiras orientais, e de força 6 a 8 no estuário do Rio Pérola e das zonas costeiras ao sul de Guangzhou, a capital provincial.

O tufão deve se movimentar na direção norte a mais de 20 quilômetros por hora nas próximas 24 horas, explicou um funcionário da estação meteorológica provincial, Huang Zhong.

O vendaval pode alcançar a costa chinesa durante a tarde ou mudar de rumo, seguindo para o Estreito de Taiwan e passando pela costa oriental cantonesa, acrescentou Huang.

Em Hong Kong, as autoridades emitiram o alerta três. Embora o tufão ainda esteja a cerca de 250 quilômetros, os ventos já chegam a 60 quilômetros por hora, o suficiente para causar grandes danos se atingirem a cidade como prevêem os meteorologistas.

"É uma tempestade poderosa", alertou o Observatório de Hong Kong, nesta quarta-feira.

Nesta época do ano, o sul da China costuma ser afetado por tempestades que, quando atingem diretamente os núcleos urbanos como Hong Kong, Cantão e Shenzhen, podem ser catastróficas.

Por enquanto, o departamento de Educação de Hong Kong decretou o fechamento de todas as pré-escolas. O departamento de Bem-estar Social finaliza os seus preparativos.

Por precaução, o governo pediu aos moradores que retirem todos os objetos de seus balcões, verifiquem se portas e janelas estão totalmente fechadas e mudem seus planos de viajar para as ilhas próximas.

"Todos os proprietários de pequenos navios que se encontrem em mar aberto devem buscar abrigo o mais rápido possível", avisa o comunicado.

Com agências internacionais