Pedido para CPI dos Sanguessugas é protocolado

O requerimento que pede a instalação de uma CPI para apurar as acusações de pagamento de propina a deputados para a liberação de emendas ao Orçamento foi protocolado na tarde de quinta-feira (18) na mesa diretora do Congresso.

Agora, cabe ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) verificar as assinaturas apresentadas e dar a palavra final. Para o relator da Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara – que também investiga o esquema dos Sanguessugas – deputado Robson Tuma (PFL-SP) a instalação de uma CPI com o mesmo intuito é positiva. Segundo ele, "tudo que for para investigar é bom".

 

Um ponto que pesa para a criação da CPI é que ela tem poderes para pedir quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônico, o que a comissão não tem. O deputado Robson Tuma informou, por exemplo, que as investigações andariam mais rapidamente se eles tivessem acesso ao sigilos da Planam, empresa que vendia as ambulâncias superfaturadas. O deputado informou que pediu ao delegado responsável pelas investigações na Polícia Federal uma autorização para ter acesso às contas da empresa.

 

Para que a CPI seja criada oficialmente, após recolhidas as assinaturas mínimas necessárias e o pedido de abertura ser apresentado à mesa diretora, é preciso que ela seja lida em plenário pelo presidente do Congresso, no caso, Renan Calheiros. No entanto, ainda é preciso que os partidos que têm representatividade na Casa indiquem os membros para a comissão e, aí sim, é feita a sua instalação efetiva. Os trabalhos devem durar 90 dias, com possibilidade de ampliação do prazo final para mais 60 dias.

 

 

Com agências