ONU quer que EUA fechem prisões secretas e Guantânamo

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório, nesta sexta-feira, em que pede que os Estados Unidos fechem todas as prisões secretas no exterior que detém presos que supostamente teriam participado d

Segundo o relatório, a detenção de pessoas em prisões secretas é uma forma de tortura e viola os termos da Convenção contra Tortura das Nações Unidas.
Os membros do comitê de tortura da ONU, que realizou o relatório, disseram estar profundamente perturbados com as denúncias de maus-tratos nessas prisões secretas.
Eles reiteraram o pedido da ONU, feito em fevereiro em um outro relatório, para que os Estados Unidos fechem o campo de concentração em Guantânamo. Na época, Washington rejeitou a maioria das alegações, alegando que os cinco investigadores que haviam feito o levantamento nunca tinham visitado Guantânamo.
O novo relatório da ONU foi divulgado após a primeira audiência dos Estados Unidos perante o comitê, desde os supostos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.
Na ocasião, no início de maio, a administração americana recusou-se a confirmar ou negar a existência de prisões secretas, mas disse que algumas "práticas" haviam permanecido confidenciais devido a "questões de inteligência".
Cerca de 490 detidos estão sendo mantidos em Guantânamo, muitos dos quais presos no centro por mais de quatro anos sem julgamento e sequer sem acusação formal.
Os Estados Unidos responderam com evasivas ao relatório, alegando que estão "engajados" na denominada "luta contra o terror" e que parte da Convenção da ONU contra Tortura, assinada pelos EUA, não pode ser considerada, já que vai contra as suas "necessidades" atuais de repressão a movimentos civis e organizações classificadas pela administração como "terroristas".

Com agências internacionais