América Latina pode organizar Força Armada conjunta

O ministro venezuelano de Defesa, almirante Orlando Maniglia Ferreira, assegurou que a região tem condições hoje para organizar uma Força Armada Latino-americana dentro do projeto integracionista. “

Para o almirante, a “solução de muitos problemas latino-americanos está na integração, ajudaremos na viabilidade e desenvolvimento com o corpo de engenheiros da Armada e do Exército”. Consultado sobre manobras militares que a Venezuela realizará junto a outras nações, respondeu que a Operação Caribe, que protagoniza com as forças armadas da Colômbia, está em marcha, sobretudo no que diz respeito à “manobras e exercícios para o manejo e luta contra o narcotráfico e terrorismo no mar”.

 

Ele revelou que também está prevista a execução de exercícios com o Brasil, em especial junto à aviação militar. Com a Argentina, o ministro afirmou que está sendo negociado o estabelecimento de “uma relação interessante em matéria de cooperação, treinamento e intercâmbio educativo”.

 

O ministro venezuelano informou que foi decidido aumentar a quantidade de oficiais, sub-oficiais e sargentos que “possam viajar ao exterior para diferentes programas, oficinas e cursos; assim como vamos também revisar as bolsas”.

 

Sobre os fuzis que Caracas comprou da Rússia, anunciou que nas próximas semanas chegarão no país 33 mil fuzis Kalashnikoy AK 103 e 104. Ele afirmou que esse armamento se destinará ao fortalecimento do novo conceito de defesa protagonizado pelo governo bolivariano, no qual a população participa ativamente. O país fechou as negociações com Moscou depois das reiteradas impossibilidades de aquisição de equipamentos militares nos Estados Unidos.

 

Maniglia adiantou que as Forças Armadas venezuelanas também planejam exercícios militares conjuntos com a população do estado Vargas, previstos para começar em 15 dias como parte da estratégia da guerra assimétrica. Ele confirmou que o envio de dois helicópteros para apoiar a aviação boliviana, e em especial as viagens internas do presidente Evo Morales, o que foi anunciado no último domingo pelo próprio presidente Hugo Chávez em La Paz.

 

Com agências.