Argentina e Chile aceleram integração energétia com Brasil

Argentina e Chile disseram que estão perto de fechar com o Brasil um acordo que permitirá melhorar seus níveis de abastecimento energético, o que consideraram um grande avanço na integração regional.

Nas últimas semanas, os três países têm trabalhado um acordo que lhes permitirá ter um marco jurídico para a realização de "swaps" (permutas) por meio dos quais os excedentes de energia brasileira seriam enviados à Argentina, para que esta liberasse gás natural ao Chile. "Creio que os acordos que nós temos pensado serão sem dúvida nenhuma um avanço muito importante em matéria de integração energética nos três países, e que nos permitirão aproveitar ao máximo os recursos energéticos", disse o ministro do Planejamento da Argentina, Julio De Vido.

 

"Já tivemos uma primeira reunião há duas semanas em Buenos Aires, e nesta semana há uma nova reunião. Esperamos que seja a penúltima para que haja um acordo final, mas está quase pronto, temos sido muito rápidos nisso", afirmou a ministra de Minas e Energia do Chile, Karen Poniachik. Ambos os ministros participaram em Santiago de uma reunião de ministros argentinos e chilenos, que além do tema energético, centro das atenções da imprensa local, abordou outros aspectos dos laços bilaterais. A Argentina, maior provedor de gás natural para o Chile, intensificou em maio os cortes no fornecimento ao país vizinho para atender ao aumento de sua demanda interna.

 

De Vido assegurou que, apesar da redução registrada neste mês, os envios desse recurso natural ao Chile cresceram cerca de 12,7% nos cinco primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período de 2005. Ele afirmou que pretende manter os volumes de fornecimento registrados em 2003, 2004 e 2005, de cerca de 18 milhões de metros cúbicos diários, que costumam baixar durante o inverno. O ministro argentino preferiu não comentar as atuais negociações entre seu país e a Bolívia pelo preço do gás que importa desse país, mas assegurou que não cogita repassar uma eventual alta de tarifas para o Chile. De Vido disse ainda que o gás que a Argentina envia ao Chile, que compra a maior parte dos combustíveis que consome, é produzido internamente, não na Bolívia.

 

 

Com agências