Bate-boca no PFL: ACM e Lembo trocam acusações

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) soltou nota à imprensa e discursou da tribuna do Senado nesta quarta-feira (31) contra o também pefelista Cláudio Lembo, governador de São Paulo. Lembo chamou ACM de “senhor de

“Essa figura está atrapalhando a vida pública de São Paulo. Desastres ocorridos naquela grande cidade foram fruto da incompetência de quem governa o Estado. Governa sem votos. E quando se governa sem votos não se tem responsabilidade”, disse o Senador no discurso.

Já a nota afirma que Lembo foi alçado, “sem que mérito ele tivesse, à condição de vice-governador, o que resultou torná-lo responsável por administrar um governo como o do Estado de São Paulo sem qualquer experiência a não ser a subalterna em um grande banco paulista".

“Ele é o próprio pecado”

Cláudio Lembo, ouvido pelo blog do jornalista Josias de Souza, respondeu. Disse que ACM “é fruto direto do pecado original, aquele pecado que marca o ser humano e o torna degredado. Ele é o próprio pecado”, agregou.

Lembo atribuiu o ataque à recente derrota de ACM, na indicação do vice da chapa presidencial do tucano Geraldo Alckmin. “Ele está desesperado pela derrota. Perdeu com o Zé Agripino (Maia, senador do PFL-RN). Apoiei publicamente o José Jorge (senador do PFL-PE). Eles fizeram tudo para ganhar e perderam”, disse o governador.

“Origem humilde”?

Da tribuna, ACM evocou sua “origem humilde” para refutar o qualificativo de senhor de engenho.  “Fui estudante pobre, filho de professor decente. Esse é o meu orgulho”, disse ACM. “Não sou homem de engenho. Como também nunca fui empregado, como meu acusador, de banqueiro. Aliás, o banqueiro é decente, o empregado é que não é”, prosseguiu o senador, referindo-se a Olavo Setúbal, dono do Itau.

Quanto à origem do senador, não consta o vínculo direto com engenhos, mas sim com um bem conhecido ramo oligárquico baiano. Não um ramo maior, mas uma oligarquia tributária dos Calmon de Sá, estes sim, poderosos desde o Brasil Colônia – entre eles o banqueiro Ângelo Calmon de Sá, do finado Banco Econômico, a quem ACM serviu em Brasília até o último instante.

Com agências