19 dias depois, Iraque aprova ministros-chave

O parlamento iraquiano votou nesta quinta-feira (8), com 19 dias de atraso, os nomes para ocupar os ministérios-chave do Interior e da Defesa. A proposta foi apresentada pelo primeiro ministro, Nuri al-Maliki.

Jawad al-Bulani, um xiita, foi escolhido ministro do Interior. Antes, al-Maliki tinha apresentado dois outros candidatos, tentando satisfazer os diferentes grupos dentro de sua coalizão.

Al-Bulani foi engenheiro da Aeronáutica mas disse ao Parlamento que deixou as forças armadas em 1999. Em 2004, ele foi suplente do Conselho de Governo Provisório, istalado após a invasão americana. Em 2005 passou a ocupar uma cadeira no Parlamento.


O Ministério do Interior foi severamente criticado por líderes sunitas na gestão anterior, acusado de proteger esquadrões da morte.

Um general sunita na Defesa


O general Abd al-Qadir Jasim al-Ubaiti, um sunita, foi indicado para o Ministério da Defesa. Ele serviu no Exército durante o governo de Saddam Hussein, mas fois removido por se opor à invasão do Kuait, em 1990. Al-Ubaiti disse aos parlamentares que passou à reserva em 1992 e dois anos mais tarde foi preso e conduzido a uma corte marcial.


Quando Hussein foi deposto, depois da invasão americana de 2003, o general apresentou-se no novo exército iraquiano e tornou-se o comandante de suas forças.


“Nunca pertenci a nenhum dos atuais grupos políticos”, disse al-Ubaidi no Parlamento. “Não possuo nenhum título sectário. Estou aqui por todos os iraquianos, não por uma seita”, agregou.


A Assembléia também votou a indicação de Shirwan al-Waili para ministro da Segurança Nacional.


Al-Maliki disse que desejava escolher ministros não-comprometidos com seitas, para salvaguardar o governo de unidade nacional. O gabinete chefiado por al-Maliki foi empossado em 20 de maio, mas funcionou até agora sem os ministros da Defesa e do Interior – considerados os mais importantes no Iraque de hoje, por deterem o poder armado.


Com informações
da Al Jazira