Presidente do TSE admite: “Me equivoquei”

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, “deu a mão à palmatória” ao explicar para os jornalistas, nesta quinta-feira (8), o recuo do TSE em relação à verticalizaç

“Eu parti de um equívoco e dou a mão à palmatória, como incumbe a qualquer juiz fazer tão logo convencido de assistir maior razão ao entendimento que rechaçara. E isso revela a segurança do julgador", assegurou Marco Aurélio.


“O voto que sustentei na terça-feira se baseava em parte da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve a verticalização para este ano. Depois de terça, fui examinar as notas taquigráficas daquela sessão do STF e vi que não houve fixação da verticalização. Apenas o Supremo disse que a emenda constitucional aprovada no Congresso não poderia valer esse ano", explicou o ministro aos jornalistas.

Pressão? Que pressão?


“Não voltamos atrás por causa de pressão. De forma alguma. O Judiciário atua dentro de balizas", asseverou, contra todas as evidências, o presidente do TSE.


“O Tribunal respondeu para uma verticalização flexibilizada. O TSE levou em conta a estabilidade. E a possibilidade de se tornar uma caixinha de surpresas", disse Marco Aurélio, escolhendo uma metáfora benevolente para o que seria o processo eleitoral caso vigorasse a verticalização inflexível. Mas admitiu que “as alianças informais existirão. E não há algo concreto para impugná-la".


“O tribunal sai fortalecido. Ele evolui tão logo seja convencido de pleito realizado", argumentou ainda o presidente do TSE.


Com informações
do Estadão Online