Um operáiro leninista

“Desses tempos em que falar de árvores é quase um crime, pois implica em silenciar sobre tantos erros, ãos que virão depois de mim.” Brecht

A vida importa somente pela doação que se faz dela, pelo sentido, e pela direção na busca coletiva de construir uma nova sociedade.
 
A ação individual dos filhos da classe operária ganha dimensão histórica, quando adquirem a consciência do pertencimento de classe que tem tudo a ganhar na luta pelo Socialismo.
 
Em 5 de junho, 11h10, parou o coração generoso de Milton Loiola (Miltão), operário metalúrgico da MWM Zona Sul SP. Filho e irmão de uma grandiosa família operária, que ousou buscar no marxismo compreender e lutar para transformar o mundo. Miltão foi pela vida construindo suas fundamentais paixões:
o Partido,
o Leninismo,
a classe operaria,
o futebol,
e sua família, os filhos Bruno e Maurício.
 
Miltão não teve tempo de lamentar a dor individual, pois a luta coletiva era fundamental.
 
Pertencia a uma legião enorme de militantes comunistas, que fazem do chão da fabrica o espaço fundamental da luta de classes estratégica do proletariado contra a burguesia.
 
Sem nunca negar as lutas táticas do cotidiano, entendendo-as como meios e não fins, por mudanças estruturais na sociedade brasileira.
Miltão possuía e procurava cultivar um profundo carinho por seus camaradas de partido.
 
Operário estudioso, movido pela razão e pela paixão, e pelo domínio da historia de luta do movimento operário comunista
.
Viva a Classe Operária!
Viva o Partido Comunista do Brasil!
Os versos do poeta Gonzaguinha nos dizem:
”Quando eu soltar a minha voz por favor entenda
Que palavra por palavra eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca, peito aberto vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida que estou cantando”
*Em outubro de 1.979 eu fui recrutado para o  PCdoB pelo camarada Miltão
                                     

Por José Carlos Cardoso – Tiziu