Exército argentino diz que não usará armas contra o povo

O chefe do Exército argentino, general Roberto Bendini, disse que é preciso recorrer "à verdade, à justiça e à reparação histórica" para enfrentar os atos de violação dos dire

"As armas da pátria são para defender os interesses da nação e do povo. Nunca mais serão empunhadas contra nossos irmãos, nem se transformarão em um instrumento de dominação ou de intolerância", disse Bendini, em um ato pelo 50º aniversário dos fuzilamentos cometidos no país pelo então regime militar. "Quero reafirmar a irrevogável decisão de assumir nossa história com objetividade e respeito, e de lembrar nossos compatriotas, civis e militares, todos cidadãos argentinos, que cobriram a pátria de luto nos dias 9 a 12 de junho de 1956", afirmou Bendini no ato realizado em homenagem às vítimas.

O chefe do Exército confirmou o "compromisso" da instituição com seu povo, com o Estado de Direito, com as instituições da República, com o respeito aos direitos humanos, e com seus mortos, "heróis de ontem, de hoje e de sempre". O ato lembrou a morte de 32 argentinos em junho de 1956, fuzilados por terem participado de um movimento em defesa do governo constitucional durante a ditadura de Pedro Eugenio Aramburu (1955-1958).

Bendini destacou a "dignidade e lealdade desses homens pela causa perseguida", e sua "convicção pelos valores democráticos". Durante o ato, realizado em uma sede do Exército localizada nos arredores de Buenos Aires, também foram inauguradas duas placas em lembrança aos falecidos e colocadas flores perante um monumento aos mesmos.

Com agências