Convenção do PCdoB-SP oficializa chapa

Reeleger o presidente Lula e eleger uma bancada de comunistas para aprofundar as mudanças no Brasil foram os eixos dos debates da Convenção Municipal do PCdoB de São Paulo.

No sábado (10) a Convenção Municipal do PCdoB de São Paulo reuniu os militantes e dirigentes dos comitês intermediários do Partido para debater a conjuntura nacional e estadual, e a tática eleitoral dos comunistas para o Estado de São Paulo.
A Convenção contou com a participação dos deputados estaduais Nivaldo Santana e Ana Martins, e do deputado federal Jamil Murad. Também compareceram ao encontro a presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, e o presidente da UNE, Gustavo Petta. Para conduzir as atividades do encontro, foi instalada uma mesa com a presidente do Comitê Municipal, Júlia Roland, o secretário sindical do partido no município, Robson Branco, e a representante da direção municipal da UJS, Valéria. Dilermando Toni, membro do Comitê Central, foi convidado para fazer a exposição do documento nacional do partido e o vice-presidente do comitê municipal, Felipe Maia, fez a apresentação da tática eleitoral do PCdoB para o Estado de São Paulo.
Temos força política suficiente para derrotar os conservadores
O presidente da UNE foi o primeiro a fazer uma saudação ao encontro, na qual reiterou a importância de garantir, nas eleições de outubro, a vitória do campo democrático e popular. Os conservadores, representantes principalmente pelo PSDB e PFL irão lançar mão de todos os artifícios para “impor a receita deles, que é a volta do neoliberalismo, das privatizações, da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA”. Gustavo ressaltou os inúmeros avanços obtidos para o povo sob o governo Lula, ele citou a expansão das vagas públicas no ensino superior. “Durante o governo do Fernando Henrique nenhuma vaga pública foi aberta. Ao contrário, as universidades foram sucateadas. Nos últimos dois anos foram criadas 5 novas universidades públicas e 40 novos campi em universidades já existentes por todo o país. Tem ainda o ProUni que está permitindo que jovens de baixo poder aquisitivo possam estudar em universidades particulares. Tudo isso são políticas de inclusão importantes”.

 

 

O presidente da UNE referiu-se, ainda, a importante postura brasileira nas relações exteriores, que busca a integração sul-americana, e falou da atitude correta do governo com relação à Bolívia. “A imprensa e a oposição queriam que o Brasil tivesse tratado a Bolívia como um país subalterno queriam que não reconhecêssemos o direito soberano daquele país controlar suas riquezas naturais”.
Sobre a disputa em São Paulo, Gustavo avalia que aqui é um dos principais palcos de disputa e que a batalha com os tucanos não pode ser subestimada, mas ele acredita que “temos força política suficiente para impor uma derrota dos tucanos”.
O PCdoB foi temperado na luta de milhares de brasileiros
Para o deputado Jamil Murad, “o povo vai ser chamado a jogar um grande papel nessa batalha política”. Jamil também fez referência aos avanços obtidos nos últimos anos, também citou a educação, mas em particular o Fundeb – Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, proposta pelo governo e que está em fase de tramitação no Senado. “Se for aprovado, e mesmo com a oposição dos tucanos e conservadores vai ser, ele irá destinar mais de 4 bilhões de reais para a educação no país, isso é muito importante”.
O deputado comunista descreveu as dificuldades encontradas no congresso nacional, onde a direita cria todos os empecilhos para evitar que projetos importantes para o país sejam aprovados, “foi assim com o salário mínimo, por exemplo”.
Jamil reiterou que o país precisa de distribuição de renda, de justiça social, de ampliação dos direitos e que essas questões e “os destinos da nação brasileira serão decididos em 01 de outubro”.
O parlamentar que tem uma longa trajetória de militância afirmou que “confio no nosso partido para enfrentar esse desafio, porque o PCdoB foi temperado na luta de milhares de brasileiros”.

 

 

PCdoB de São Paulo pleitea a vaga de vice na chapa de Mercadante
A presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, disse que “o PCdoB já escolheu seu campo de luta nessa batalha, é o da reeleição do presidente Lula”. Nádia explicou que nesse campo, “o partido está lutando para garantir 3 eixos básicos: o primeiro é a manutenção de um núcleo de esquerda, a partir do qual se busque ampliações; o segundo é a pactuação de um programa mais avançado para um segundo governo, com elementos de maior mudança; e em terceiro, políticas voltadas para o desenvolvimento com distribuição de renda”.
Para a disputa paulista, Nádia afirmou que o partido está com discussões avançadas com o PT, e com os candidatos Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy, “estamos pleiteando a participação do PCdoB na chapa majoritária, e para tanto apresentamos dois camaradas para ocupar a vaga de vice-governador”. Os companheiros indicados foram o Gilson Menezes, de Diadema, e a presidente estadual do Partido, Nádia Campeão.
Após a abertura da convenção, que também contou com uma saudação dos deputados Nivaldo Santana e Ana Martins, o dirigente nacional do partido, Dilermando Toni fez um brilhante apresentação do documento da Convenção Nacional. Diler, de maneira didática mas bem aprofundada, resgatou a partir de elementos teóricos que compõe a tática e estratégia dos comunistas os principais eixos da atual política desenvolvida pelo PCdoB, particularmente no que diz respeita a tática eleitoral para este ano.
O vice-presidente municipal e secretário de movimentos sociais da capital, Felipe Maia fez, em seguida, uma apresentação mais detalhada da tática eleitoral do partido no Estado de São Paulo.
Ao final, a convenção elegeu os delegados da capital que irão participar da convenção estadual no dia 25 de junho.
De São Paulo,
Renata Mielli (secretária Municipal de Comunicação e Juventude do PCdoB-SP)