PT planeja candidato próprio em 18 a 21 Estados

O PT pretende lançar candidatos próprios ao governo de 18 Estados, número que ainda pode se expandir para 21. O plano foi apresentado nesta sexta-feira (9) por Gleber Naime, coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) petista. Gleber ain

O mapa ao lado expressa o projeto petista de candidaturas ao governo, segundo foi desenhado pelo Grupo de Trabalho. “Nitidamente, o PT aumenta suas coligações nesta eleição. Além de obter mais apoios aos seus candidatos, também apóia mais candidatos de outros partidos”, asseverou Gleber Naime, que é membro da Executiva Nacional da legenda.

Dificuldades para a frente

Em outras bases partidárias de apoio à reeleição de Lula, o projeto é visto como um fruto da dificuldade do PT para trabalhar com os conceitos de frente, coligação eleitoral e governo de coalizão, seja no plano dos Estados, seja no nacional. Casos como os do Paraná e Distrito Federal são citados como exemplos.

Conforme o dirigente petista, em declarações para a página do partido na internet,  tendência hoje é que o PT tenha candidatos a governador em 18 Estados (AC, AL, AP, BA, DF, MG, MS, MT, PA, PE, PI, PR, RJ, RO, RS, SC, SE e SP).

O partido, diz Gleber Naime, negocia com os partidos aliados a indicação do candidato a vice-governador em cinco Estados. No Ceará e no Maranhão, o PT já indicou os candidatos a vice. Em Goiás, Paraíba e Tocantins, dependendo da situação, o PT poderá lançar candidato próprio. Na Paraíba,  José Neto é pré-candidato ao governo. No Tocantins, os nomes de Célio Moura e Neilto, dentre outros, estão à disposição para disputar o governo e o Senado. Em Goiás, o PT indicou Valdi Camárcio a vice-governador. 

Três não petistas são certos

O PT só decidiu que apoiará candidato a governador de outro partido em três Estados (RR, AM e RN). Discute no Espírito Santo a formação de uma aliança informal em apoio a Paulo Hartung (PMDB) e o apoio a Renato Casagrande (PSB) para o Senado.

No cálculo de Gleber Naime, uma candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tende a ter mais de um palanque “muito provavelmente em Alagoas, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia. Há chances ainda no Amazonas, no Amapá, na Bahia, no Mato Grosso, no Paraná, em São Paulo e no Tocantins”, agrega o dirigente – referindo-se a Estados onde pode haver mais de um candidato apoiando a reeleição.

Os partidos “coligáveis”

Para Gleber Naime, há “alta probabilidade” de coligações com o PCdoB em 25 Estados, com o PSB em 22, com o PMDB em 16, com o PL em 12, o PTB em 10 e o PP em seis.

De acordo com Gleber, a maioria das coligações se dará em torno das legendas que já apóiam o governo Lula, mas, em alguns Estados, há chances de acordo também com PDT e PPS – que fazem oposição no plano federal.

“Com o PPS haverá possibilidades em oito Estados, caso não haja coligação formal deste com PSDB/PFL em nível nacional. Com o PDT, haverá possibilidades em seis Estados, caso não lance candidato a presidente”, avalia o dirigente petista.