Hamas anuncia disposição de oferecer trégua de até 60 anos a Israel

O Movimento de Resistência Islâmica Hamas. atual partido governista da Palestina, está disposto a oferecer uma trégua de 50 a 60 anos se Israel cessar a ocupação dos territórios da Cisjordânia, retornando às l

Em declarações ao jornal israelense Haaretz, Ioussef diz que o Hamas prefere deixar para "um futuro distante" um acordo de paz com o Estado de Israel. "É possível deixar o assunto de um tratado de paz para gerações futuras", diz o conselheiro.

"Se chegarmos a um acordo para um cessar-fogo, o futuro vai dizer se Israel quer viver em paz com os palestinos", acrescentou Iussef. Segundo ele, seu grupo não pretende reconhecer como legal o Estado de Israel enquanto este não desocupar os territórios palestinos.

O movimento Hamas não reconhece os acordos assinados entre ANP e Israel a partir de 1993. No entanto, Iussef disse que não existe nenhuma oposição às negociações promovidas pelo presidente Mahmud Abbas, líder do Fatá, com Israel em nome do governo de Haniyeh. "É sua função", diz.

Haniyeh também aceita que seus ministros mantenham contatos sobre assuntos específicos de seus ministérios com Israel. "Uma trégua a longo prazo é hoje o melhor para os israelenses e os palestinos", afirma Iussef. "Vocês terão a paz que querem, e nós resolveremos nossos problemas internos."

O conselheiro criticou o braço armado do Hamas, as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam. O grupo voltou a operar após quase 18 meses de um período de calma contra Israel, por causa do assassinato de sete civis palestinos numa praia de Gaza. "Retomar os atentados suicidas não serve aos interesses do governo palestino", argumenta. O governo do Hamas, diz Iussef, "é contra os ataques a civis de ambos os lados", mas "Israel é que fomenta os ataques terroristas".

Com agências internacionais