Programa do PFL que vai ao ar hoje baterá forte em Lula

Segundo a jornalista Helena Chagas, do Globo, o PFL vai usar seu programa nacional que vai ao ar hoje em rede nacional de rário e TV para bater de novo na tecla da corrupção, desta vez explorando a denúncia do procurador geral Antônio

A comentarista política Helena Chagas publicou em seu blog no portal Globo.com que "vem com a mão pesada o programa partidário do PFL que será exibido na TV nesta quinta-feira". Segundo a jornalista, o PFL vai bater de novo na tecla da corrupção, desta vez explorando a denúncia do procurador geral Antônio Fernando de Souza, que acusa 40 pessoas, entre elas ex-ministros e dirigentes do PT. Mostrando imagens de manchetes e matérias de jornais com as denúncias, o apresentador e os participantes do programa tentarão o tempo todo relacionar a elas o presidente Lula. Mas Helena Chagas pergunta se essa estratégia "Vai colar?".

"Não sabemos. Provavelmente não. Não é o primeiro, nem segundo, nem terceiro programa de TV nessa linha", responde a própria jornalista. Segundo ela, os outros não colaram no teflon do presidente, que sofreu abalos na popularidade por certo tempo, mas depois recuperou-se nas pesquisas e mantém larga distância do candidato Geraldo Alckmin. "Mas o PFL quer acreditar que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. E destacou o especialista em pesquisas Antônio Lavareda para traçar as linhas gerais do programa. Lavareda, segundo contam os pefelistas, é um especialista em 'desconstrução'",diz Helena Chagas.

Outro tema que os pefelistas vão explorar no programa na TV é a invasão da Câmara pelo MLST, com destaque para o fato de Bruno Maranhão ser dirigente do PT. A oposição ainda vai tentar fazer esse assunto render, mostrando que o movimento dos sem-terra radicais recebeu dinheiro público da reforma agrária, etc. Até agora, porém, as pesquisas não relacionaram o presidente ao ocorrido. Mas é bom lembrar que a última que foi divulgada, do Ibope, pegou apenas o dia da invasão e o dia seguinte. Ou seja, a estratégia dos oposicionistas é bater e rebater esse tema para ver se, em algum momento, ele cola no governo.

"O PFL não joga a toalha e vai aparecer animado e aguerrido em seu programa. Nos bastidores, porém, o clima é de desânimo e, sobretudo, de certa irritação com a condução tucana da candidatura de Alckmin. Eles acham que o próprio PSDB não está suando a camisa como deveria por seu candidato. O que resta ao PFL? Bater, bater e bater. Não exatamente porque ache que vai derrubar Lula. Mas para manter a coerência do discurso, garantir seu espaço na oposição, eleger a maior bancada possível em outubro e começar a pensar já em 2010. A idéia é preparar desde logo um candidato à presidência e deixar de ser coadjuvante dos tucanos. Quem viver, verá", conclui a jornalista.