Brasília sedia feira que mostra resultados da agricultura familiar

A Feira da Agricultura Familiar Agrária, organizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, terá sua terceira edição entre os dias 21 e 25 de junho, no Pavilhão da Expo-Brasília, no Parque da Cidade, em Brasília. O eve

O deputado Adão Pretto (PT-RS) disse que a feira demonstra que a reforma agrária dá certo e pode ser uma saída para o Brasil. Ele convidou as pessoas que não acreditam na reforma agrária para visitarem o evento. "Além do aumento da produção de alimento saudável, vamos gerar empregos diretos e indiretos", disse.
 

O deputado Orlando Desconsi (PT-RS) também destacou o evento como uma oportunidade única da população de Brasília conhecer o que produzido no Brasil. Desconsi aproveitou a ocasião para defender a regulamentação do Sistema Único de Atenção à Saúde Agropecuária (SUASA), assinada em março pelo governo Lula, com 90 dias para ser regulamentado.

Os municípios que aderirem ao SUASA poderão ter seus produtos agroindustriais comercializados em todo país, estimulando a geração de renda e oportunizando o desenvolvimento regional e nacional. "Essa feira é um dos espaços de abertura do novo mercado e a consolidação da valorização da agricultura familiar em nosso país", disse.

Agricultura orgânica

Os produtos da agricultura orgânica serão destaque entre os cerca de 500 expositores de todos os estados do país. Cerca de 20% dos produtos, como temperos, frutas e mandioca, serão orgânicos. "Temos estimulado essa participação porque entendemos que é preciso trabalhar um processo entre os agricultores familiares para que eles possam, no dia-a-dia, implementar um modelo mais sustentável de agricultura", disse o coordenador do Programa Agroindustrial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adelmar Batista.

Estandes temáticos com produção artesanal de mulheres indígenas e quilombolas também terão espaço no evento – este ano o artesanato contará com 153 expositores. O dia de São João, 24 de junho, será lembrado com comidas típicas de festa junina. Pratos de estados brasileiros também serão servidos na praça de alimentação da feira.

Rodadas de negociação

Além da venda ao público, nos dias 23 e 24 acontecem rodadas de negociações entre os agricultores e empresários, como proprietários de restaurantes, bares e supermercados. Em 2006, os participantes venderam cerca de R$1,5 milhão e outros R$8 milhões foram negociados durante as rodadas.

A feira também funciona como vitrine para exportações, de acordo com Adelmar Batista. Segundo ele, em 2005, produtores de café de Minas Gerais fecharam acordo de comercialização com a Turquia.

A expectativa é que a feira receba a visita de cerca de 60 mil pessoas, o mesmo público do ano passado. O dinheiro arrecadado com os ingressos vai para o programa Fome Zero.

Fonte: Informes PT