Mais quatro penitenciárias se amotinam em São Paulo

Quatro unidades prisionais do Estado de São Paulo registraram rebeliões neste sábado, depois de a Secretaria de Administração Penitenciária e as polícias Civil e Militar conseguirem conter três motins no interior.

As rebeliões ocorreram em CDPs (Centros de Detenção Provisória) de Suzano (38 km de São Paulo), São Bernardo, no ABC, e Parelheiros (zona sul da cidade), e na Penitenciária 1 de Franco da Rocha.(43 km de São Paulo).

A polícia não soube informar se há reféns em Parelheiros, mas disse que os presos estão em negociação com a PM desde as 11h. Um agente penitenciário foi feito refém na P-1 de Franco da Rocha, segundo informações obtidas com os funcionários da unidade.

Com estas, somam-se sete as rebeliões deflagradas desde ontem (16). Os novos motins começaram tão logo a polícia e a Secretaria de Administração Penitenciária conseguiram conter as rebeliões de Araraquara (273 km de São Paulo) e Itirapina (213 km de São Paulo), na manhã deste sábado.

Em Mirandópolis (623 km de São Paulo), os presos foram reconduzidos às celas na sexta-feira à noite. São as primeiras rebeliões de presos registradas no Estado desde que o ex-PM e procurador de Justiça Antonio Ferreira Pinto assumiu o cargo de secretário estadual da Administração Penitenciária.

Além das rebeliões em unidades do sistema prisional do Estado, ao menos 500 jovens de seis unidades do complexo da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) no Tatuapé (zona leste de São Paulo) participam de rebeliões neste sábado.

O coordenador regional do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo), Alcides Carlos da Silva Júnior, disse nesta sexta que a rebelião promovida pelos detentos de Itirapina foi encabeçada por integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital).

No último mês de maio, os criminosos promoveram uma onda de motins que atingiu mais de 80 unidades do Estado — incluindo a prisão de Itirapina — e uma série de ataques contra forças de segurança. Os crimes culminaram na queda do então secretário estadual de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.

De acordo com Silva Júnior, os presos ligados ao PCC estão descontentes com o rigor do regime de prisão a que é submetido o líder da facção, Marcos Camacho, o Marcola, na penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).

Com informações da Folha de S. Paulo