Senado francês aprova projeto discriminatório de imigração

Medida dificulta ainda mais a obtenção de vistos de estadia e naturalização de estrangeiros casados com franceses. O Senado francês aprovou na noite de sexta-feira o projeto de lei sobre a imigração, defendi

O projeto de lei vai encerrar seu trâmite parlamentar nos próximos dias, sendo examinado por uma comissão de deputados e senadores. Segundo seu criador, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, ele segue o conceito de "imigração escolhida" e não "sofrida".

Entre outras medidas, a nova lei aumenta as condições da reunificação familiar e da obtenção de vistos de estadia e naturalização de estrangeiros casados com franceses. Encerra também a regularização automática dos clandestinos com mais de 10 anos na França. Vai além, permitindo vistos especiais somente para quem "beneficiar o dinamismo econômico e a projeção internacional da França", isto é, se o imigrante tiver boas condições financeiras ou ensino superior.

O projeto de lei foi denunciado pelas associações de defesa dos imigrantes, direitos humanos e pelas principais igrejas, além da oposição de esquerda. No Senado, o texto alterado com medidas para a entrada na França de estrangeiros que tenham estudado num liceu francês em seu país de origem.

Outra parte da lei força o s imigrantes de países em desenvolvimento a aplicar dinheiro em uma conta bloqueada que permitirá deduções fiscais de até 25% e que, teoricamente, será destinado a investimentos em seus países de origem.

A medida é vista também pela oposição de esquerda como um incentivo à fuga de cérebros de outros países, tanto da Europa Oriental quanto da África, de ex-colônias francesas que ainda mantêm programas educativos financiados pela França.

Com agências internacionais