Prosseguem negociações entre aliados, sem definições

Para o líder comunista, o PT, que tem a sua convenção nacional marcada para o próximo sábado (24), é que vai precisar se definir mais rapidamente sobre as pendências regionais que dificultam as coligações formais dos dois partidos com a candidatura Lula.

"O PSB está no mesmo pé das demandas do PCdoB", disse Rabelo, acrescentando que as conversas buscam "compreender as questões para puder construir alguma coisa em comum".

O presidente do PCdoB lembrou que as demandas regionais dos comunistas são em Brasília, Tocantins e Ceará, onde eles esperam receber apoio do PT para as candidaturas de Agnelo Queiroz e Leomar Quintanilha para o Governo do Estado do Distrito Federal e Tocantins, respectivamente; e Inácio Arruda para o senado, no Ceará.

"Não temos ainda nada de novo", insiste em dizer Renato Rabelo, manifestando desejo de que "haja algum sinal até sábado (data da convenção nacional do PT). O PCdoB tem até dia 29 para ter posição definitiva, nós temos tempo para resolver a questão", disse Rabelo, lembrando a data da convenção nacional do seu Partido.

No caso do PSB, a previsão é de que haveria reunião do presidente do partido, Eduardo Campos, com o presidente Lula, para discutir a formalização da aliança entre as duas legendas. Uma fonte do Partido diz que o PSB precisa de compensações – que não são cargos – para a perda de votos que teria se firmasse coligação formal com o PT.

Essas compensações se traduziriam em apoio do PT aos candidatos do PSB nos estados, principalmente no caso de Pernambuco, onde o presidente do PSB, Eduardo Campos, quer disputar o Governo do Estado com o apoio do PT, que tem o ex-ministro Humberto Costa concorrendo com o candidato petista ao cargo.

De Brasília

Márcia Xavier