Servidores reclamam do clima de terrorismo criado pelo TSE

"Um direito legítimo não pode ser obstruído pela lei". É com este pensamento que milhares de servidores estão reagindo à notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vedou a concessão de reajustes à

"O que o governo está fazendo não é nenhum favor e muito menos um agrado eleitoral", destaca Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef. A entidade destaca que o conteúdo das Medidas Provisórias (MPs) não contempla todos os acordos firmados e nem tampouco atende aos anseios acumulados pelos que recebem os piores salários da União. "Lutamos muito por esse reajuste e o governo ainda vai sair devendo a milhares de servidores", concluiu o diretor.

Desde 2005, os servidores tentam firmar acordos de reajuste com impacto para este ano. A categoria ainda faz uma série de críticas às propostas oferecidas. Reclamam das expectativas que foram geradas em diversos setores com propostas e acordos que o governo tem dificuldade em cumprir.

Ansiedade e insatisfação

Só no primeiro semestre deste ano, mais de dez setores insatisfeitos decretaram greve por tempo indeterminado. Para conter o clima de insatisfação, outros acordos foram feitos. Atualmente, seis setores representados pela Condsef permanecem parados. Na lista: Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fundação Nacional do Índio (Funai), Fundo da Marinha Mercante, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

O atraso na aprovação do orçamento e as constantes tentativas dos servidores de garantir o cumprimento de acordos de greves anteriores estão entre os principais motivos do governo não ter publicado todas as MPs que anunciou. Algumas, destaca a Condsef, com o conteúdo ainda não fechado.

Há semanas, com o auxilio de dezenas de parlamentares, a Confederação vem tentando solucionar o impasse instalado entre servidores e governo para fechar de uma vez por todas os acordos de reajuste em 2006.

Amparada por sua assessoria jurídica, a entidade confia no prazo de 30 de junho para que os reajustes finalmente se concretizem em MPs. "Até lá vamos continuar lutando para que nossos direitos e todos os acordos firmados sejam devidamente cumpridos por este governo", frisou Josemilton Costa, secretário-geral da entidade.

Fonte: Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal