Ministro diz que reajuste de servidores sai até quinta-feira

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) disse hoje (26) que as novas medidas provisórias que vão estabelecer o reajuste de salários ou a concessão de novos benefícios a diversas carreiras do funcionalismo público federal devem ser anunciada

Bernardo citou entre os beneficiados pelas MPS servidores da Polícia Federal, carreiras jurídicas do Executivo (como procuradores da Fazenda, por exemplo), Receita Federal, Receita Previdenciária e gestores do Executivo.

Ele disse ainda que as medidas provisórias que devem conceder reajustes a servidores do Ministério Público e do Supremo Tribunal Federal também devem ter os textos concluídos até quinta.

O ministro afirmou que as medidas serão divulgadas porque há um parecer favorável da AGU (Advocacia Geral da União), independentemente do entendimento contrário do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, anunciou na última quarta-feira uma interpretação da Lei Eleitoral segundo a qual estava proibido 180 dias antes das eleições de outubro qualquer aumento salarial que excedesse a recomposição do poder de compra do servidor.

Apesar da posição contrária do presidente do TSE, o governo consultou juízes do tribunal e também do STF e concluiu que sua interpretação é minoritária. Ou seja, seria possível derrubá-la em um julgamento em plenário.

Ainda hoje, o ministro do TSE, Gerardo Grossi, deu declarações que confirmam esta interpretação. Ele negou que o Tribunal tenha se declarado contra os reajustes salariais dos servidores promovidos pelo governo.

Ao contrário do que afirmou o ministro Marco Aurélio, Grossi disse que o Tribunal apenas se pronunciou sobre o prazo para que os reajustes fossem dados, mas não analisou se as medidas provisórias editadas pelo governo respeitariam ou não a legislação.

"A questão é puramente de prazo. O que o Tribunal decidiu na consulta a que foi submetido é se a proibição começaria em abril ou junho", afirmou. Por maioria, o TSE determinou que a partir de abril o governo não poderia aumentar salários. "A resolução se limitou a isso. Foi a essa pergunta que o Tribunal respondeu", completou.

"Este é um problema que o Tribunal terá de decidir. Eu não me animo a dar opinião sobre isso. O Tribunal não tem opinião formada", completou Grossi.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) afirmou que o impacto de todos os reajustes do servidores públicos federais deve ficar próximo de R$ 5 bilhões e que não deve comprometer o Orçamento.

Com informações das agências