Equador exclui “definitivamente” retorno à Opep

O governo equatoriano desprezou a possibilidade de voltar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), à qual pertenceu até 1992, afirmou o secretário de Comunicação da Presidência,

"Definitivamente isto está descartado porque realmente o que temos que fazer para manter-nos dentro da Opep fica mais caro do que os benefícios que receberíamos estando dentro", disse Proaño à rede de televisão Ecuavisa". "A Opep é um organismo onde todos são produtores poderosos e nós somos um produtor marginal e poderíamos ver-nos obrigados a restringir nossa pouca cota de produção", argumentou.

Em 31 de maio, o ministro equatoriano de Energia, Iván Rodríguez, assegurou que seu país analisava a possibilidade de voltar à Opep. "Estamos analisando, mas não há uma decisão final. Realmente, estar na Opep nos abre uma gama de alternativas, mas não há uma decisão final ainda", disse Rodríguez na ocasião. O Equador pertenceu entre 1973 e 1992 à Opep, fundada em 1960 e integrada atualmente por Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Iraque, Irã, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar e Venezuela.

Em 1992, o Equador deixou a Opep por estar em desacordo com suas cotas de produção e porque Sixto Durán-Ballén, naquele tempo chefe de Estado, achava que o país não recebia benefícios em troca das mensalidades que pagava. O petróleo é o principal produto de exportação do Equador e a receita por suas vendas financia cerca de 35% do Orçamento Geral do Estado.

Com agências