Dívida pública cai para 50,7% do PIB

A dívida líquida do setor público chegou em maio a R$ 1,018 trilhão, o equivalente a 50,7% do Produto Interno Bruto (PIB). No mês anterior, a relação dívida/PIB estava em 51%.

Segundo nota do Banco Central (BC), o superávit primário (receitas menos despesas, excluindo gastos com juros) de R$ 6,303 bilhões de maio contribuiu para essa queda da dívida. O arrocho promovido pelo governo para o pagamento de juros representou uma queda de 67,6% em relação ao desempenho de abril. O superávit primário do mês anterior havia sido de R$ 19,426 bilhões, o maior em 15 anos. "Isso mostra que o governo mantém o comprometimento fiscal e com a meta (de superávit primário)", disse Luiz Malan, chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC. A previsão para junho é que a relação entre dívida e PIB fique estável.

A cotação do dólar projetada para o período é de R$ 2,25. Nos primeiros cinco meses do ano, a economia para o pagamento de juros da dívida somou R$ 46,710 bilhões, o equivalente para o período a 5,79% do Produto Interno Bruto (PIB). A meta para o ano é de 4,25% do PIB. Em relação ao mês de dezembro, a relação dívida/PIB caiu 0,8 ponto percentual. O governo central deu a maior colaboração para a economia total do setor público consolidado (União, Estados, municípios e estatais), com um superávit de R$ 3,146 bilhões.

Acumulado

Já a economia dos governos regionais (Estados e municípios) foi de R$ 2,129 bilhões e a das estatais, de R$ 1,028 bilhão. O pagamento de juros somou R$ 7,158 bilhões. Com isso, o resultado nominal (receitas menos despesas, incluindo gastos com juros) ficou negativo em R$ 855 milhões, contra um superávit de R$ 6,553 bilhões em abril.  Nos primeiros cinco meses do ano, o setor público acumula um superávit de R$ 46,710 bilhões, o equivalente a 5,79% do PIB.

No entanto, o resultado do ano está 7,2% menor que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 50,326 bilhões ou 6,7% do PIB). Já no acumulado de 12 meses, o superávit está em 4,51% (R$ 89,889 bilhões). A meta para o ano é de 4,25%. O superávit, no entanto, não foi suficiente para arcar com todos os gastos com juros, que somaram R$ 64,206 bilhões. Com isso, o déficit nominal, receitas menos despesas, incluindo gastos com juros, foi de R$ 17,495 bilhões no ano até maio, ou 2,17% do PIB.
Com agências