'Veto presidencial ao aumento dos aposentados é correto'
Publicado 05/07/2006 17:46
Segundo Mailson da Nóbrega, o aumento agravaria o déficit previdenciário, derivado do impacto de mais de R$7 bilhões de despesas adicionais, o que faria subir os prêmios de risco. "A queda de confiança e a correspondente desvalorização cambial criariam incertezas e pressões inflacionárias, as quais tenderiam a reduzir a popularidade do presidente entre os pobres, seu principal eleitorado", avalia.
O cientista político, Carlos Alberto Melo, acredita que apenas uma parcela dos aposentados deve deixar que o veto interfira em sua escolha nas eleições de outubro, lembrando que a categoria representa cerca de 9% a 10% do eleitorado brasileiro. "É um desgaste, em um setor que tem uma relevância significativa", admite.
Melo avalia também que a medida da oposição demonstra a vontade de parlamentares de assegurarem uma boa imagem junto ao eleitorado às vésperas da eleição, acrescentando que o governo possui problemas com a sua base no Congresso. "Isso mostra que o governo não tem domínio sobre sua base pois, em tese, ele continuaria tendo maioria. Isso mostra que setores do governo querem estar bem com a opinião pública."
Preocupação para aposentados
Os representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap) demonstraram preocupação com a posição do Congresso Nacional. "À primeira vista pode parecer incongruente defender um reajuste menor, mas ambos os ministros (do Trabalho e Previdência Social) afirmaram e reafirmaram que caso a medida provisória que estabelece o aumento de 16,6% passasse no Congresso, ela seria vetada pelo Executivo e só restara para os aposentados um reajuste de 3,14%", explica Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, do Sintap.
Luizão disse que a categoria reafirma o compromisso com o acordo firmado em abril. "Naquela oportunidade, consolidamos um pacote de propostas em benefício dos aposentados e aposentadas, definimos um reajuste possível para os benefícios e estabelecemos um canal permanente de debate com o governo e os empresários, através de uma comissão tripartite", afirma, acrescentando que "queremos manter o que foi acordado".
Com agências
Segundo Mailson da Nóbrega, o aumento agravaria o déficit previdenciário, derivado do impacto de mais de R$7 bilhões de despesas adicionais, o que faria subir os prêmios de risco. "A queda de confiança e a correspondente desvalorização cambial criariam incertezas e pressões inflacionárias, as quais tenderiam a reduzir a popularidade do presidente entre os pobres, seu principal eleitorado", avalia. O cientista político, Carlos Alberto Melo, acredita que apenas uma parcela dos aposentados deve deixar que o veto interfira em sua escolha nas eleições de outubro, lembrando que a categoria representa cerca de 9% a 10% do eleitorado brasileiro. "É um desgaste, em um setor que tem uma relevância significativa", admite. Melo avalia também que a medida da oposição demonstra a vontade de parlamentares de assegurarem uma boa imagem junto ao eleitorado às vésperas da eleição, acrescentando que o governo possui problemas com a sua base no Congresso. "Isso mostra que o governo não tem domínio sobre sua base pois, em tese, ele continuaria tendo maioria. Isso mostra que setores do governo querem estar bem com a opinião pública."Os representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas (Sintap) demonstraram preocupação com a posição do Congresso Nacional. "À primeira vista pode parecer incongruente defender um reajuste menor, mas ambos os ministros (do Trabalho e Previdência Social) afirmaram e reafirmaram que caso a medida provisória que estabelece o aumento de 16,6% passasse no Congresso, ela seria vetada pelo Executivo e só restara para os aposentados um reajuste de 3,14%", explica Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, do Sintap.Luizão disse que a categoria reafirma o compromisso com o acordo firmado em abril. "Naquela oportunidade, consolidamos um pacote de propostas em benefício dos aposentados e aposentadas, definimos um reajuste possível para os benefícios e estabelecemos um canal permanente de debate com o governo e os empresários, através de uma comissão tripartite", afirma, acrescentando que "queremos manter o que foi acordado". Com agências