Petrobras amplia investimentos no Equador e na Colômbia

A Petrobras pode investir até US$ 500 milhões no Equador e US$ 150 milhões na Colômbia nos próximos cinco anos, de acordo com o diretor da Petrobras International, Nestor Cunar Cervero. "Este ano vamos investir US$ 160 milh

Além disso, segundo Cunar, a companhia tem interesse no projeto de petróleo Ishpingo-Tambococha-Tiputini (ITT). O ministro da Energia equatoriano, Ivan Rodriguez, espera realizar leilão dessa área no último trimestre do ano. O campo do ITT é um dos projetos petrolíferos mais ambiciosos no país andino. O governo espera atrair no mínimo US$ 3 bilhões em investimentos para o desenvolvimento do projeto. A Petrobras opera os blocos 18 e 31 no Equador. No bloco 18, a companhia produz perto de 30 mil barris por dia. O bloco 31 cobre 200 mil hectares, 70% dos quais estão localizados dentro do parque Yasuni, e a petrolífera tem enfrentado problemas para operá-lo.

A Petrobras conseguiu a licença ambiental para o projeto em agosto de 2004, mas em julho do ano passado a ministra do Meio Ambiente, Ana Alban, proibiu a empresa de entrar no parque Yasuni, sugerindo mudanças no projeto. O novo plano já foi apresentado aos ministros do Meio Ambiente e das Minas e Energia para sua aprovação. A petrolífera brasileira investiu mais do que US$ 160 milhões no bloco e tinha expectativa de iniciar a produção no segundo trimestre de 2006. Essa projeção agora foi adiada para o final deste ano ou início de 2007. As informações são da Dow Jones.

Na Colômbia, a Petrobras planeja investimentos da ordem de US$ 150 milhões, incluindo uma participação na ampliação de uma refinaria e a ampliação de uma rede de distribuição, informou  João Carlos Araujo Figueira, gerente executivo para América, África e Eurásia. Boa parte dos investimentos se concentraria num projeto para ampliar a refinaria de Cartagena, litoral norte da Colômbia, propriedade da estatal colombiana Ecopetrol, que, em 31 de julho, anunciará o resultado de uma licitação internacional. Figueira disse que a empresa está acertando os detalhes da proposta que apresentará à Ecopetrol para a ampliação da capacidade de processamento de petróleo em Cartagena.

Tecnologia

A Petrobras, que comprou recentemente a rede de 39 postos de gasolina que a multinacional Shell tinha na Colômbia, também planeja duplicar o número de seus postos para ampliar sua atual participação nesse mercado, que é de apenas 4%. Figueira assinalou que a Colômbia – junto com a Nigéria e os Estados Unidos – é um dos países mais atraentes para os investidores no setor petroleiro. A Petrobras pode não ser a maior petrolífera latino-americana em termos de reservas ou produção, mas a sua estratégia de longo prazo, fortemente focada na internacionalização das operações, é mais consistente que a das principais rivais latina.

As também estatais Petróleos de Venezuela S.A (PDVSA) e Petróleos Mexicanos (Pemex) ainda são líderes na América Latina, seja em reservas ou em volume de produção. Mas, enquanto a companhia brasileira segue investindo para ampliar suas jazidas e o número diário de barris extraídos, a produção das concorrentes está estagnada. Por trás do avanço da estatal brasileira estão os pesados investimentos na criação de tecnologias de ponta para exploração de águas profundas – uma atividade na qual a Petrobras é líder mundial. As novas tecnologias estão garantindo acesso a reservas em países como Angola, Tanzania, Turquia e em regiões como o Golfo do México, cuja exploração é regulamentada pela agência norte-americana United States Minerals Management Service.

 

Com agências