Chances de vitória em São Paulo
Terminada a fase de coligações partidárias e o lançamento de 16 candidatos ao governo estadual, o quadro político indica a possibilidade de realização de segun
Publicado 13/07/2006 16:23 | Editado 04/03/2020 17:19
O PSDB e seus aliados utilizam a tática eleitoral de se apresentar como antagônicos ao governo federal e ao PT. Tentam desgastar as forças progressistas com um esvaziado discurso da ética e da capacidade administrativa. O candidato tucano não apresentou, até o momento, nenhum argumento sobre seu projeto de governo e como enfrentar a grave situação econômica e social do Estado. Nos momentos de crise da segurança pública, vividos em maio passado, Serra mergulhou no silêncio. O esquema eleitoral do PSDB é pesado, conta com expressivo apoio do poder econômico para o financiamento de campanha e uma simpatia da maioria dos meios de comunicação, que montaram uma blindagem contra as críticas aos 12 anos da atrasada gestão tucana em São Paulo e o apoio ao próprio candidato Serra. O contraponto aos conservadores é a candidatura de Mercadante, que trás um projeto de mudança e de crítica ao atual modelo de gestão tucana. As principais propostas de Mercadante são a aplicação de um projeto de caráter popular, em sintonia com os programas do governo Lula; a alteração da lógica de investimentos públicos, valorizando os setores menos favorecidos da sociedade . A candidatura de Mercadante conta com o apoio da maioria das lideranças dos movimentos sociais e populares, dos intelectuais progressistas e dos partidos comprometidos com um novo modelo de gestão pública para o Estado. A tática eleitoral de Mercadante busca vincular seu nome ao de Lula, que conta com prestígio no Estado, e oferecer comparações de capacidade e compromisso de investimentos para a maioria da população. A valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de um novo ciclo de desenvolvimento para São Paulo, pode ser dos principais argumentos de campanha. Uma das diferenças entre Mercadante e Serra é a opção da ampliação da indicação do vice na chapa majoritária, em que o petista escolheu a comunista Nádia Campeão, mulher, atuante e respeitada como quadro político e gestora pública. O tucano preferiu indicar um nome do próprio partido, o deputado federal Alberto Goldman. Outros nomes estarão na disputa eleitoral com relativa força política e atuantes no campo das forças progressistas, como o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) e o ex-prefeito de Rio Claro, Cláudio de Mauro (PV). A campanha eleitoral, nos próximos três meses será acirrada, com a indicação de possível segundo turno e com chances reais de vitória das forças progressistas de São Paulo. Por Rodrigo de Carvalho
Da Comissão Política do PCdoB-SP