PCdoB ressalta o legado cultural de Guarnieri

Walter Sorrentino e Nádia Campeão, dirigentes nacionais do Partido Comunista do Brasil, compareceram neste domingo, 23 de julho, no velório de Gianfrancesco Guarnieri, realizado no Hospital Sírio-Libanês, na cidade de São Paulo, e apresentaram à família d

Os dirigentes do PCdoB, ao manifestarem seus sentidos sentimentos à viúva do artista, senhora Vânya Sant'Anna ressaltaram o rico legado deixado por Guarnieri à cultura brasileira quer seja no teatro, no cinema e na televisão. Guarnieri — disseram — sintonizou o seu talento com alma brasileira e engajou suas qualidades de autor e ator excepcionais na caminhada libertária de nosso povo.


Guarnieri era um amigo do PCdoB. Nas comemorações dos 75 anos da legenda, em 1997, na Casa de Portugal, em São Paulo , emocionou os presentes declamando o poema “Navio Negreiro”, do poeta Castro Alves.


Em 98, o Instituto Maurício Grabois do qual ele era integrante de seu Conselho Consultivo, prestou-lhe uma homenagem do Teatro de Arena. Walter Sorrentino, falando na época em nome do Instituto Maurício Grabois, disse referindo-se ao legado de Guarnieri: ''Nós comemoramos essa nação nova que se formou, a despeito de todo o atraso, de toda a perversidade das estruturas sociais arcaicas que permanecem, mas uma nação que porta uma cultura original, que é base de uma civilização flexível, criativa, imaginativa. A homenagem à peça de Guarnieri e a ele próprio não é favor e nem exagero, pois ela se insere nesse movimento, pois como disse o professor Candido, a peça sacudiu um outro reduto da opressão cultural que sofre nosso povo. Em 500 anos de história nosso povo viveu sem nenhuma tipografia, viveu 434 anos sem uma Universidade digna desse nome, viveu 458 anos sem que o povo trabalhador e a luta de classes fosse retratadas artisticamente no teatro brasileiro. E com ‘Eles não usam black-tie' o povo chega ao teatro não como figurante ou como público, mas como protagonista da sua própria trajetória.''