China exige que Albânia entregue 5 libertados de Guantánamo

Segundo Pequim, o grupo pertence ao Movimento Islâmico do Turquistão Oriental, supostamente vinculado à al-Qaida e considerado um grupo terrorista pelas Nações Unidas. Os cinco chineses foram detidos por tropas americanas no Paquistão em 2001, de onde foram transferidos para Guantánamo sem receber acusações oficiais.

No mês passado, os supostos terroristas foram deportados para a Albânia, depois que os Estados Unidos consideraram que não se tratam de “combatentes inimigos”, termo aplicado para os capturados no Afeganistão e no Iraque. O Departamento de Defesa americano informou que não eles foram repatriados por causa “do temor de que sejam alvo de alguma perseguição”.

O governo albanês reconheceu a condição de refugiados políticos aos cinco no começo desta semana. No entanto, o porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores chinês afirmou que o país ainda não recebeu nenhum comunicado oficial da Albânia.

Os uigures, de religião muçulmana e língua turcomana, são maioria étnica na região autônoma chinesa de Xinjiang e iniciaram a luta contra a ocupação da China em meados do século 19. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, a China incluiu os ativistas uigures na lista de terroristas islâmicos e, desde então, investiga diversos deles em Xinjiang.