BHtrans amplia prazo para licitação de novos radares


A BHtrans adiou para a semana que vem a data para que as empresas que participam de licitação pública para a instalação de 97 radares em Belo Horizonte apresentem suas propostas. O prazo venceria nessa segunda-feira, mas o órgão de trâns


A previsão é que a instalação comece em outubro e leve três meses para terminar. Além de 40 aparelhos fixos para controle de velocidade, semelhantes aos que existem hoje na cidade, o edital de licitação prevê outros seis tipos de radar: detectores de avanço de sinal e faixas de pedestre; detectores de invasão de faixas exclusivas para ônibus; lombadas eletrônicas, que fiscalizam os excessos em áreas de intensa travessia de pedestres; equipamentos móveis, também para controle de velocidade; e outros com tecnologia para leitura automática de placas, capazes de identificar veículos roubados ou em situação de inadimplência com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores e o Seguro Obrigatório.

Vencerá a concorrência pública a empresa que apresentar o melhor orçamento de aluguel dos radares, obedecendo às especificações técnicas do edital. O contrato será de 20 meses, renováveis por mais 40. Grandes avenidas, como Teresa Cristina, Raja Gabaglia, Contorno, Afonso Pena, Bias Fortes, Antônio Carlos e Amazonas, serão priorizadas.

O supervisor de Apoio Operacional da BHTrans, Leonardo Rios Gonzo, explica que a instalação vai contribuir para a diminuição do número de acidentes. BH tem muitos pontos críticos, com excesso de batidas e atropelamentos. E a estrutura de fiscalização eletrônica é muito pequena, em relação a capitais de porte semelhante. Fortaleza tem 236 equipamentos, Curitiba conta com 152 e Brasília, com 322 , justifica. Belo Horizonte já teve cinco radares móveis e 12 detectores de avanço de sinal, instalados em seis cruzamentos. Esses equipamentos foram retirados há cerca de dois anos, quando venceu o prazo para seu uso, previsto em licitação. Hoje, permanecem em atividade apenas 37 radares fixos.

O supervisor argumenta que, desde a implantação dos radares, a violência no trânsito diminuiu substancialmente. Em 1999, eram registrados 5,98 mortes para cada dez mil veículos. No ano passado, a taxa era de 2,05, ante a média de 7,06 nas outras capitais brasileiras. Nossa meta é de chegar ao nível de países de primeiro mundo, como Japão e Alemanha, onde a mortalidade não passa de 1,5 , comenta.


Fonte: Portal Uai