Israel considera aumentar a guerra contra o Líbano

O governo israelense reune-se nesta quarta-feira  (9/8) para discutir a intensificação de sua agressão ao Líbano, ao mesmo tempo que caças e bombardeios lançam novos ataques contra o país árabe.

Aviões militares bombardearam o norte, o leste e o centro do Líbano antes do amanhecer nesta quarta-feira, atingindo rodovias, pontes, depósitos de combustíveis e residências, afirmaram autoridades policiais libanesas.


 


Acredita-se que uma mulher e seus cinco filhos morreram após um ataque aéreo israelense ter atingido um edifício residencial na cidade de Mashgara, no vale do Bekaa, segundo informou o correspondente no Líbano da emissora de televisão catariana al-Jazira.


 


Os mortos eram membros de uma família de um político do Hezbolá, que ficou gravemente ferido no ataque. Mais cedo, pelo menos uma pessoa morreu e mais de 15 ficaram feridas após Israel bombardear um campo de refugiados palestinos no sul do Líbano.


 


Autoridades libanesas e palestinas afirmaram que um barco israelense disparou contra o campo de Ein el-Hilweh, enquanto soldados israelenses afirmavam que o ataque havia sido realizado por aviões. A maioria dos feridos é composta por crianças, segundo fontes médicas.


 


Ontem morreram cinco soldados israelenses após combates com guerrilheiros do Hezbolá, ao mesmo tempo que a guerrilha continuou com seu fogo de barragem de mísseis contra o norte de Israel.


 


Ehud Olmert, o primeiro ministro de Israel, convocou seu gabinete na manhã desta quarta-feira para discutir uma nova escalada na agressão contra o Líbano, iniciando uma ofensiva para 20 quilômetros além do rio Litani, no Líbano, ou ainda mais distante.


 


Amir Peretz, o ministro da Defesa, e outros oficiais das forças armadas defendem o plano, cujo objetivo, segundo eles, é inflingir o maior dano possível ao Hezbolá antes que seja decidido um cessar-fogo.


 


Entretanto, Olmert hesita em autorizar a nova escalada, considerando que ela pode resultar em centenas de baixas do lado israelense. Mais de mil libaneses, a maioria civis, morreram nas últimas quatro semanas desde o início da agressão israelense. Aproximadamente 100 israelenses foram mortos no contra-ataque com mísseis realizado pelo Hezbolá.


 


Israel tenta avançar


 


Pelo menos 10.000 militares israelenses estão no território libanês, onde encontram feroz resistência dos guerrilheiros do Hezbolá.


 


Fontes da inteligência israelense afirmaram que suas forças, que estavam situadas na aldeia libanesa de Taibé, a 5 km da fronteira, adentraram mais ainda no território libanês, a oeste, aproximando-se da aldeia de Cantara e também ao norte, na direção das aldeias de Burj al-Molouk e Claiah, onde chegariam na manhã de hoje.


 


O Hezbolá afirmou que seus guerrilheiros confrontaram os soldados de Israel em Cantara. A milícia xiita afirmou que destruiu dois veículos blindados pesados, matando ou ferindo 10 soldados inimigos.


 


O exército de Israel confirmou que houve luta nas cercanias de Cantara, mas não deu detalhes sobre baixas. O Hezbolá também afirmou que suas tropas destruíram outros dois tanques nas cercanias de Burj al-Molouk e inflingiram baixas nas forças israelenses situadas na aldeia de Debel, a 5 km da fronteira com Israel.


 


Israel nomeou ontem um novo comandante para sua agressão militar contra o Líbano. A mídia do país considerou a nomeação do Major General Moshe Kaplinski como uma reação do governo às crescentes críticas internas contra o comando do Exército na batalha contra o Hezbolá.