Israelenses usam militares libaneses como escudos humanos

Soldados israelenses ocuparam um acampamento do Exército do Líbano nesta sexta-feira, para escapar de ataque do Hezbolá, prendendo temporariamente 350 militares libaneses.

Cerca de 200 soldados israelenses, apoiados por dois tanques, cercaram e ocuparam um acampamento militar libanês na cidade cristã de Marjayoun, segundo revelou hoje a emissora catariana de televisão al-Jazira. Um oficial libanês, contatado pela emissora, disse que já havia sinais de que os invasores estavam planejando partir e abandonar o acampamento.


 


As tropas israelenses estavam sob fogo pesado do Hezbolá e aparentemente se dirigiram para o acampamento para proteger-se do ataque. Em seguida tomaram o controle da aldeia por aproximadamente seis horas, antes de avançar para a cidade vizinha de Khiam.


 


Ahmed Fatfat, o ministro do Interior do Líbano, disse que “de acordo com contatos que fizemos com os EUA e a França, há uma grande chance de que os israelenses deixem o acampamento sem ameaçar qualquer militar libanês”.


 


Os israelenses alegaram procurar por armas pesadas para invadir e ocupar o acampamento libanês.


 


Missão humanitária


 


Em relação às tropas libanesas do acampamento, Fatfat disse que “eles estão armados apenas com armas individuais porque eles não estão em missão de combate, estão em um missão essencialmente humanitária, para ajudar os moradores das áreas adjacentes”.


 


“A nossa impressão é que os israelenses quiseram usar nosso acampamento em Marjayoun como uma espécie de escudo humano”, acusou o ministro.


 


Unidades do exército invasor israelense estão mantendo posições a oeste e sul dos subúrbios de Khiam, que foi severamente atingida por ataques aérios dias antes.