Guiana realiza eleições presidenciais; Jagdeo deve ser reeleito

A Guiana, única nação de língua inglesa da América do Sul, realizou nesta segunda-feira (28/8) eleições presidenciais, nas quais Bharrat Jagdeo é o favorito à reeleição, apesar de seu governo enfrentar diversos problemas sociais, especialmente no que diz

Estão sendo disputadas também 65 cadeiras do parlamento e o partido do governo poderá perder pela primeira vez o controle do poder Legislativo desde que chegou ao poder em 1992.



Pouco mais de 492 mil eleitores foram convocados, entre uma população de 750 mil pessoas cuja maioria vive num extenso território de selva quase despovoado, atravessado por rios caudalosos, em uma área que corresponde a dez vezes o tamanho de Israel.



Divisão



A Organização dos Estados Americanos (OEA) advertiu as autoridades da Guiana durante as últimas horas sobre possíveis explosões de violência que poderiam alterar o desenvolvimento normal das eleições.



“Consideramos que o sistema de segurança requer toda a atenção das autoridades”, afirmou o surinamês Albert Radmin, secretário-geral adjunto da OEA e chefe da missão de observadores eleitorais do organismo pan-americano na Guiana.



As eleições na Guiana foram observadas também por mais de 200 oficiais estrangeiros do Centro Carter, organização associada às antigas colônias britânicas, à OEA e à Comunidade do Caribe (Caricom).



A grande maioria do eleitorado da Guiana é tradicionalmente dividida entre os cidadãos de origem africana, que apóiam o Partido para a Reforma do Congresso Nacional-Um Guiana (PNCR-1G), e os de origem indiana, que apóiam o PPPC, atualmente no poder.



Segundo as últimas pesquisas, o PPPC vencerá as eleições, mas, para governar, necessitará do apoio no Parlamento do novo partido Aliança pela Mudança (AFC).



Em suas últimas declarações, o presidente guianense considerou que “tudo indica que seu partido vencerá as eleições”, se mostrando convencido de obter mais de 50% dos votos.



Os principais problemas sofridos pela Guiana, independente desde 1966, são o persistente enfrentamento entre suas duas maiorias étnicas, a de descendentes de imigrantes hindus e a de origem africana. Além disso, existe também a instabilidade de sua economia e altos índices criminalidade, especialmente o narcotráfico.