Messias Pontes: Golpistas da direita tentam a última cartada

Com a iminência de mais uma fragorosa derrota, as viúvas de Carlos Lacerda estão buscando todos os meios para evitar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reeleja no primeiro turno.

A tática da oposição golpista de direita é requentar notícias e criar factóides visando adiar a derrota acachapante que se prenuncia. Está claro como a luz do Sol que essa elite comandada pelo Coisa Ruim (FHC) não tem o menor respeito pelo povo e por isso procura subestimar a sua inteligência. Mas só uma hecatombe, o que é improvável, fará com que a disputa pela Presidência da República não seja decidida no dia 1º de outubro próximo.



Há aproximadamente um mês, circulou pela Internet as fotos do ex-ministro da Saúde, José Serra, entregando ambulâncias do esquema dos sanguessugas em Mato Grosso. O que a revista IstoÉ desta semana publicou como notícia exclusiva não passa de coisa requentada. A novidade são os detalhes narrados pelos donos da empresa Planam dando conta de que “quando Serra era ministro, foi o melhor período para nós”, conforme declaram Darci Vedoin e seu filho José Antonio, que pilotavam a máfia das ambulâncias.



Como o lanceiro que bate a carteira de um cidadão e sai correndo gritando “pega o ladrão”, para confundir a polícia e quem está por perto, a canalha da nova UDN quer transformar o réu em vítima. Mas quando o chamado dossiê Serra foi divulgado, o presidente Lula veio a público condenar o que chamou de chantagem e exigiu a apuração de tudo. O presidente Lula até se precipitou ao inocentar o ex-ministro tucano. Ninguém pode condenar antecipadamente José Serra, mas inocentá-lo agora também é precipitação. Somente depois de tudo apurado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Superior Tribunal Eleitoral é que se pode dizer quem é o responsável por mais uma tramóia.



Acusado de ter encomendado o dossiê contra José Serra, Freud Godoy, assessor especial da Presidência da República, embora tenha jurado inocência, foi imediatamente exonerado pelo presidente Lula, o mesmo procedimento utilizado quando o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, perdeu a confiança do Chefe.  Mesmo assim, a grande mídia afirma que foi Freud que pediu para sair. Essa imprensa, de há muito, perdeu a credibilidade. Tanto assim que, por mais que calunie e tente envolver o presidente Lula com os desvio de conduta de alguns petistas, o presidente Lula só tem crescido nas pesquisas de intenção de voto aferida por todos os institutos especializados. É mais um tiro no próprio pé dado pelos jornalistas amestrados.



Assim como o “valerioduto”, a máfia das ambulância começou a atuar no desgoverno tucano-pefelista. Das 891 ambulâncias comercializadas pela Planam entre 2000 e 2004, 681, ou 70% do total, tiveram verbas liberadas até 2002, no período de gestão dos tucanos José Serra e Barjas Negri. Segundo o dono da Planam, “naquela época, a bancada do PSDB conseguia aprovar tudo”. Em declaração à Polícia Federal, ele disse ainda que na era tucana  “a confiança de pagamento era tão grande que entregávamos os carros antes da liberação do dinheiro”.



A oposição conservadora sabe que o resultado da apuração não sairá antes de 1º de outubro e por isso acredita que pode tirar dividendos políticos com o fato. Na maior cara-de-pau, o senador tucano Osmar Dias afirma que se o escândalo “for bem administrado” pode trazer ganhos para a campanha do Geraaaaaldo. A direita joga todas as fichas no desgaste de Lula, mas será mais um tiro no pé.