Jussara conclama a militância para garantir a virada no RS
A candidata a vice-governadora na chapa da Frente Popular, Jussara Cony (PCdoB), teve papel destacado na campanha eleitoral. Além das articulações e de sua defesa do projeto da Frente Popular, capitaneado por Olívio Dutra (PT), foi uma agita
Publicado 28/10/2006 23:20 | Editado 04/03/2020 17:12
Veja a seguir, carta de Jussara aos militantes e colaboradores da campanha:
Hoje, véspera da eleição, é 28 de outubro! Um dia após o aniversário de Lula, o Presidente do Povo porque é povo como a gente! Um dia antes do maior desafio que têm, homens e mulheres, gaúchos e brasileiros, de cumprir seu papel de fazedores da história de nosso tempo!
Do tempo de um Brasil onde a Esperança venceu o medo e nada mais amedronta, a não ser aos que nunca estiveram ao lado de quem vence, com sabedoria e luta, a todos os medos, a todas as mentiras, a todas as traições…
Do tempo de um Rio Grande que tem a oportunidade ímpar de estar em sintonia com um Brasil que cresce, que amplia sua democracia e firma sua soberania, de um Brasil que aplaca a fome de tantos, que oportuniza empregos, formação, que entende a juventude como o presente para construir o futuro e as mulheres -que fazem brotar de si a vida- como pavimentadoras do caminho de um novo mundo, de igualdade, emancipação e paz!
Sou uma mulher da vida, cheia da energia que vem de tantas outras minhas iguais e dos homens-companheiros deste novo mundo que queremos. Sou uma cidadã gaúcha e brasileira, mãe, avó e bisavó. Uma mulher que a história do seu pago e de sua pátria colocou, como militante comunista, como feminista, como trabalhadora, farmacêutica, dirigente estudantil e sindical, lutadora pelas liberdades democráticas, vereadora em Porto Alegre e Deputada Estadual por quatro mandatos do PCdoB, uma grandiosa, prazerosa e desafiadora tarefa: a de ser candidata à vice-governadora de Olívio Dutra, um homem que dedicou sua vida ao trabalho, à luta, à responsabilidade de ser artífice de novos tempos! E, junto com ele, com o Olívio missioneiro, o bancário, o Prefeito de Porto Alegre, o Governador do Estado, o Ministro das Cidades, somar sem dividir, multiplicar com o povo do Rio Grande a possibilidade concreta dessa terra – a terra de Sepé Tiaraju e da índia guarani Jussara, sua mulher; dos Farrapos e seus Lanceiros Negros; de Getúlio Vargas; do Brizola da Legalidade; da Lila Ripoll, poeta lírica e revolucionária; de Érico Veríssimo e sua Ana Terras e Rodrigo Cambarás; de Quintana e seus Quintanares(''…Eles passarão, eu passarinho…''); de homens e mulheres que a tudo enfrentam com a dignidade dos que vivem para transformar – ser, de novo, a terra que protagoniza o diálogo, o desenvolvimento, a inclusão. A TERRA DA LIBERDADE, IGUALDADE e HUMANIDADE!
Por tudo isso e pelo que mais vai acontecer é que, com a alma lavada, o coração esparramado no peito onde cinco filhos foram aconchegados, amamentados e preparados para viver a vida no seu tempo histórico, tendo a consciência como elemento de integração de uma nação e dos povos, estou a escrever, num pequeno intervalo das ruas (como disse Cazuza: vamos às ruas, vamos às ruas…), para quem este momento chegar… Se assim entenderem, mandem adiante…
Porque há -às vésperas de um dia que entrará na história- em mim uma alegria que faz chorar, uma esperança que não quer findar, uma energia de crianças brincando de roda, uma luz que não é a ''do fim do túnel'' porque ela se espraia a partir da luta, uma responsabilidade de mulher e cidadã da vida, uma crença inabalável na sabedoria do povo – gaúcho e brasileiro!
Um beijo socialista da Jussara Cony.