DCE Unijuí avalia negociação das mensalidades

No dia 23 de novembro, a aprovação pelo Conselho Universitário à proposta
de reajuste de mensalidades feita pela reitoria da Unijuí encerrou o
processo de negociação que vinha sendo mantido com o Diretório Central dos
Estudantes da Unijuí.

Durante a negociação, iniciada ainda em outubro, os representantes dos
estudantes ampliaram o debate para o conjunto dos acadêmicos através de
audiências com o vice-reitor de Administração, Martinho Kelm e diversas
reuniões com o Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos. Nestas
oportunidades e também em contatos feitos pessoalmente pelo presidente do
DCE, Ângelo Schiavo, com os representantes de professores e funcionários da
universidade, ficou claro o posicionamento contrário dos estudantes a todas
as propostas feitas pela reitoria, inclusive a que foi aprovada pelo Consu,
mas com o voto contrário do DCE.


 


Na avaliação do DCE, o processo de negociação trouxe aspectos positivos,
como a própria mobilização da comunidade acadêmica em torno do tema. “Isso
nos permite continuar encaminhando ao longo de todo o próximo ano esta
discussão sobre o modelo de gestão e financiamento da universidade, que é a
questão fundamental de todo debate sobre o preço das mensalidades”,
acrescenta Schiavo. Além disso, houve realmente avanços em relação à
proposta original, representado até 50% de redução dos índices de reajuste
em alguns cursos.


 


Entretanto, a proposta aprovada e que será implantada em 2007 ainda assim
não contempla os interesses dos estudantes e, por isso, não pode ser
considerada um acordo. A reitoria da universidade não se mostrou flexível no
momento de negociar os investimentos previstos e manteve a redução no número
de bolsas de edital, da destinação de recursos à biblioteca e laboratório de
informática, por exemplo. Também o índice de 5,5% de aumento sobre os
valores de todos os créditos está acima do que seria considerado razoável,
ou seja, cerca de 3%, correspondendo este número à média apurada nos
principais índices de preços e inflação. “Com esse aumento, cresce também a
tendência de evasão dos alunos, com redução do número de créditos cursados”,
avalia.


 


Mateus Junges