Peru: mineradoras perseguem líderes sociais e ambientalistas

A Federação Nacional de Comunidades Peruanas Afetadas por Mineradoras  – Conacami/Perú – informa que mais de 600 pessoas estão sendo investigadas e processadas injustamente por defender a vida, a saúde, a água, seus territorios, um ambiente saudável

A luta dessas lideranças é para impedir a contaminação indiscriminada que vem sendo feita pelas mineradoras.Nessa batalha que travado entre trabalhadores e mineradoras, já perderam a vida vários líderes sociais, como José Llajahuanca Adriánzen, Juan Montenegro Lingán, Godofredo García Baca, Remberto Herrera Racho, Melanio García Gonzales, Carlos Guillén e Edmundo Becerra Cotrina.


 


Além de se solidarizar, ante os recentes acontecimentos em Cajamarca, com a ONG Grupo de Formación e Intervención para el Desarrollo Sostenible –  GRUFIDES e o padre Marco Antonio Arana, CONACAMI também exige das autoridades uma exaustiva investigação para determinar os verdadeiros responsaveis intelectuais e executores das perseguições de toda índole, das quais centenas de dirigentes e líderes das regiões afetadas pelas mineradoras foram vítimas.


 



A Federação pede ao governo central a criação de uma autoridade autônoma e independente, que possa fazer uma verdadeira fiscalização nas empresas mineradoras por suas atividades de exploração dos recursos naturais. Exige também indenização pelos danos causados até agora e respeito das multinacionais à legislação peruana e aos convenios internacionais.


 



Em seu comunicado, a entidade afirma: ''O Estado tem a obrigação de defender a vida dos cidadãos, salvaguardar a libertade de opinião e o direito de privacidade, além de proteger os os líderes ambientalistas que, por seu trabalho, podem ser objeto de hostilidades e agressões como ocorre hoje. Responsabilizamos o Gobierno central por qualquer atentado físico contra os directos à vida, à integridade física, moral e psicológica que posma ocorrer contra nossos lideres e dirigentes sociais, e exigimos garantias legais''.


 


Fonte: Adital