Turcomenistão elegerá sucessor de Niyazov em 11 de fevereiro

A Assembléia  Popular, o parlamento do Turcomenistão, decidiu que a eleição que substituirá o ex-presidente Saparmurat Niyazov, morto recentemente, será efetuada no dia 11 de fevereiro de 2007, segundo informou nesta terça-feira o principal órgão de

Segundo a agência russa Itar-Tass, a data das eleições extraordinárias foi decidida por unanimidade pela Assembléia, parlamento composto por 2.507 delegados, todos designados por Niyazov, e que se reúnem habitualmente uma vez ao ano.


 


“As eleições serão realizadas sobre bases democráticas”, disse o presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC) do Turcomenistão, Muran Karriev, citado pela agência russa.


 


O parlamento introduziu ainda uma emenda à lei eleitoral, segundo a qual os candidatos à Presidência devem receber o apoio de pelo menos dois terços dos membros da Assembléia Popular para serem oficializados pela CEC.


 


A modificação indica que cada uma das cinco regiões do país e também a capital, Achkhabad, podem apresentar dois candidatos, assim como as organizações sociais e os partidos políticos.


 


Dirigentes oposicionistas que se refugiavam na Ucrânia anunciou ontem em Kiev que seu candidato será o líder do movimento Vatan, Khudaiberdy Orazov.


 


No entanto, de acordo com as emendas à lei eleitoral aprovadas hoje, parece muito pouco provável que a candidatura de Orazov seja inscrita pela Comissão Eleitoral Central do Turcomenistão.


 


Essa mesma oposição especulou que, após a morte de Niyazov, “as autoridades do Turcomenistão iniciaram um grande expurgo” e que cerca de 120 altos funcionários, entre eles o ministro da Defesa, Agageldi Mammetgeldiyev, teriam sido detidos.


 


Mas Mammetgeldiyev não só assistiu à sessão de hoje da Assembléia Popular, como foi eleito membro da mesa diretiva.


 


Além de fixar a data da eleição extraordinária, a Assembléia Popular introduziu uma emenda constitucional que estabelece que, caso o chefe de Estado não possa cumprir suas funções, estas serão assumidas provisoriamente, por um prazo máximo de 60 dias, pelo vice-primeiro-ministro.


 


Anteriormente, a Constituição do país indicava que, em situação excepcional, o presidente do Parlamento assumiria de maneira provisória a chefia do Estado.


 


No entanto, este preceito não foi observado após a morte de Niyazov, pois o Conselho de Segurança do Turcomenistão nomeou como presidente interino Gurbanguly Berdymukhammedov, vice-primeiro-ministro e titular da pasta da Saúde.


 


Um processo penal foi iniciado contra o presidente do Parlamento, Ovezgeldi Ataev. Segundo o Conselho de Segurança, isto o desabilitou a assumir a Presidência interina.


 


Entre os nomes analisados como possíveis candidatos estão os dos vice-ministros de Petróleo e Gás, Ishanguly Nuriev, e de Turismo e Esportes, Durdy Durdyev.


 


De acordo com a Constituição, Berdymukhammedov não poderia concorrer à Presidência como presidente interino.