Agências ligadas a tucanos vencem licitação de Kassab

As duas agências, Nova S/B e Lua Branca, só não assumirão o contrato, de R$ 35 milhões para 2007, caso tenham algum tipo de problema na habilitação, algo raro nesse tipo de processo.

 

A Prefeitura de São Paulo abriu ontem os envelopes da proposta comercial, que, somada com a fase técnica, apontaram as vencedoras da licitação.

Em primeiro lugar na licitação chegou a Nova S/B, que tem entre seus sócios o publicitário Bob Costa, ex-assessor de Serra no Ministério da Saúde.

 

A Lua Branca pertence aos aos filhos de Luiz Gonzalez, marqueteiro de tucanos. A agência trabalhou nas campanhas eleitorais de diversos políticos do PSDB, incluindo de Serra, na corrida pela prefeitura paulistana, em 2004, e ao governo do Estado, que o elegeu.

 

A mesma agência também atuou na campanha derrotada do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, em 2006.

 

A Lua Branca surgiu de um desdobramento da GW, que mantém vários contratos com o governo do Estado. Em julho de 2005, assinou um contrato de R$ 25 milhões com a Casa Civil do governo paulista.

 

A Folha procurou ontem Marcus Sinval, secretário de Comunicação da prefeitura, que não quis se manifestar sobre o resultado da licitação. Segundo assessores, Sinval só falará quando a decisão for publicada no “Diário Oficial da Cidade”, o que deve ocorrer hoje.

 

Em dezembro, Sinval disse à coluna de Mônica Bergamo que “de jeito algum” haveria preferência por alguma das agências. “É uma licitação pública, concorre quem quer. A escolha é feita por uma comissão técnica”, afirmou na época.

 

Também foram procurados os diretores das duas agências, mas nenhum deles quis se manifestar ontem sobre o caso.

 

O novo contrato de publicidade –a Agnelo Pacheco trabalha para a prefeitura paulistana há cinco anos, desde o governo Marta Suplicy (PT)– vai mudar o perfil da propaganda.

 

A idéia é que, a partir de agora, a publicidade, além de informativa, também busque “valorizar” a auto-estima dos moradores de São Paulo.

 

A estratégia é fundamental para consolidar a imagem de Kassab com vista às eleições de 2008, quando ele deve tentar a reeleição, como vem defendendo seu partido, o PFL.

 

Fonte: Folha Online