Aliados de Chávez ratificam apoio à revolução bolivariana

Os partidos que apóiam a revolução bolivariana liderada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ratificaram nesta segunda-feira (19/3) sua fidelidade ao processo em andamento no país e descartaram qualquer aliança com a oposição.

Chávez havia dito no último domingo que partidos como o Podemos (Partido pela Democracia Social), Pátria Para Todos (PPT) e o Partido Comunista da Venezuela (PCV) não eram imprescindíveis para o processo de formação do Partido Socialista Unido (PSU), e cobrou um posicionamento dessas forças políticas, chegando a sugerir que todos tinham liberdade para seguir seus respectivos caminhos.



O secretário-geral do PCV, Óscar Figuera, respondeu nesta segunda-feira à colocação presidencial, assegurando que o partido jamais irá para a oposição. “Nunca nos verão na oposição a este projeto revolucionário. Nosso inimigo é o imperialismo americano, a oligarquia e o grande capital”, disse a diversos jornalistas.



Nas últimas eleições de dezembro de 2006, o Podemos ficou com 6,53% dos votos, o PPT 5,16% e o PCV 2,94% , contra 41,66% do Movimento V República (MVR), partido de Chávez, que é a base do novo PSU.



José Albornoz, secretário do PPT, assinalou que seu compromisso com a revolução bolivariana e com Chávez ficou demonstrado nos momentos mais difíceis do processo, como no golpe de Estado de 2002 e na sabotagem do petróleo do final do ano.



“Não temos que demonstrar nosso compromisso revolucionário. Nosso comportamento foi conseqüente com o processo”, reiterou Albornoz, que, assim como Figuera, não se pronunciou oficialmente sobre a incorporação do PPT ao PSU.



Os porta-vozes do Podemos, por sua vez, ainda não se pronunciaram sobre a fala de Chávez.