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Conferência aprova meta de 30% de mulheres nas candidaturas do PCdoB

Terminou na tarde deste sábado, 31, a 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher. Durante dois dias, 239 delegados discutiram as teses apresentadas pelo partido acerca do emancipacionismo e da maior participação da mulher na estrutura part

Entre os principais pontos aprovados pelo coletivo estão a garantia de, ao menos, 30% de mulheres nas chapas próprias e nas coligações para as eleições, a criação de fórum permanente para o tema – composto por 23 membros (veja lista abaixo) –, o estabelecimento de metas para a maior inserção institucional da mulher no PCdoB, a criação de secretarias específicas para a questão da mulher na direção nacional e nos comitês estaduais e a incorporação de uma agenda das mulheres tanto dentro do partido quanto na proposição de um programa nacional de desenvolvimento. Tais medidas passarão ainda pela aprovação do Comitê Central do PCdoB para entrarem em vigor.


 


 


Na avaliação da deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG), que participou da relatoria final da conferência, a principal contribuição do debate foi a disseminação da corrente emancipacionista e a participação dos homens no debate, como integrantes da mesma corrente. “Viemos de um debate antigo, iniciado por João Amazonas, e hoje, com esta conferência, estamos tendo a colheita plena do primeiro plantio”.


 


 


Para ela, o evento é “um salto no pensamento emancipacionista de como se dá a luta da mulher no cotidiano”. Empolgada com os resultados finais, afirmou que “o mais importante de tudo isso é que o PCdoB escancarou suas portas para que as mulheres ocupem seus espaços”.


 


 


Energia liberada


 


 


Ao encerrar as atividades da conferência, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo disse que “este é um momento ímpar”. Ele chamou atenção para o ambiente favorável à discussão sobre a questão da mulher, encontrado em todos os estados. “Isso acontece porque o partido tem sido encarado como uma alternativa real e revolucionária. O PCdoB é cada vez mais respeitado e a cada dia ganha novas adesões”, disse, lembrando da filiação de cerca de 80 sindicalistas e lideranças no Paraná, em março.


 


 


Rabelo homenageou João Amazonas, que deu o pontapé inicial para a discussão das demandas femininas no seio do partido. “Essa conferência é resultado desse trabalho e abre espaço para que se revolucione o próprio partido, atraindo aqueles que querem participar da mudança do Brasil”.


 


 


No entanto, o dirigente chamou atenção para a necessidade de transformar a discussão em conquistas concretas. “É mais difícil administrar o avanço do que os recuos, às vezes necessários dentro da nossa estratégia rumo ao socialismo. Por isso, o momento agora pede firmeza nas ações e agilidade, mas também serenidade”.


 


 


Por fim, Renato disse que a 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher “liberou uma grande energia que estava escondida, transformando-a em energia cinética. Precisamos agora dar curso a essa energia”.


 


 


Em clima de euforia, os trabalhos foram terminados com o plenário, em uníssono, cantando “Maria, Maria”, de Milton Nascimento e Fernando Brant, puxada por Liége Rocha.


 


 


Compõem a lista de 23 membros do fórum permanente: Abigail Pereira, Alice Portugal, Ana Rocha, Augusto Buonicore, Carol Barbosa, Daniele Costa, Eline Jonas, Glauce Medeiros, Jô Moraes, Julieta Palmeira, Liége Rocha, Leila Márcia, Lúcia Antony, Lúcia Rincón, Meri Castro, Olívia Rangel, Olívia Santana, Raimunda Leoni, Ricardo Abreu (Alemão), Veruska Carvalho, Walter Sorrentino, Marta Brandão e Mídia Matos.



 


 


Veja aqui o que foi publicado sobre a 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher


 


 


De Luiziânia,
Priscila Lobregatte