Apenas um em cada três palestinos possui emprego, diz a OIT

Apenas um em cada três moradores dos territórios palestinos está trabalhando, enquanto os outros não encontram emprego, apesar de procurarem (23,7% da população), ou simplesmente não querem ou não podem trabalhar, afirma a Organização Internacional do Tra

A entidade da ONU com sede em Genebra publicou nesta segunda-feira (28) um relatório sobre a “desalentadora” situação dos trabalhadores nos territórios árabes, que “registrou uma drástica deterioração durante o último ano”.



Segundo o estudo, elaborado por especialistas da OIT que visitaram a região no começo do ano, de cada 100 homens palestinos com mais de 15 anos, 52 trabalham, 16 procuram emprego, 17 estudam e 14 não fazem nada por motivo de doença, problemas físicos ou velhice, entre outros.



Entre as mulheres, 29 trabalham, 15 estão desempregadas, 48 estudam e 8 não podem fazer nenhuma das tarefas anteriores.



Dependência



Os dados permitem entender o alto índice de dependência que existe nos territórios palestinos, onde cada pessoa que trabalha precisa sustentar em média outras seis, enquanto na Faixa de Gaza o percentual aumenta para oito, afirmou a OIT.



No ano passado, enquanto a mão-de-obra aumentou 5,3%, a oferta de emprego caiu 4,3%, fazendo com que o desemprego aumentasse 6,2 pontos percentuais, a 23,7% da população – contra 11,8% de 1999, antes da segunda intifada.



Além disso, mais de 67% dos desempregados são jovens com entre 15 e 24 anos, ao mesmo tempo em que a OIT calcula que a precariedade do emprego aumenta progressivamente e, em 2006, apenas 59,3% dos postos de trabalho eram assalariados – o restante é familiar ou não remunerado.



O número de famílias abaixo da linha da pobreza aumentou 26% entre março de 2006 e de 2007. Sete em cada dez famílias (66%) estão nesta situação, o que compreende 2,4 milhões de pessoas.



Em Gaza, a situação é “ainda mais sombria”, segundo a OIT, já que a pobreza (menos de US$ 4 ao dia por pessoa) afeta 88% dos lares e a taxa de desemprego se aproxima de 35%.



Fonte: Efe