Milhares de americanos de luto por ocupação no Iraque

A celebração nesta segunda-feira do Dia da Memória nos Estados Unidos enche de dor mais de 3,5 mil lares dos familiares de militares mortos na impopular guerra do Iraque.

No domingo (27), oito militares americanos morreram em combate no Iraque, enquanto o governo do presidente George W. Bush envia novas tropas para tratar de estabilizar uma situação que ameaça converter-se em uma “ratoeira”.



Ainda muito distante do número de mortos no Vietnã (58 mil), a ocupação no Iraque ameaça levar mais desespero aos lares americanos enquanto passa o tempo.



Muitos americanos recordaram hoje o alto preço que o país paga no Iraque, onde no mês de maio já morreram 103 militares.



“Esperamos mais baixas americanas e iraquianas”, disse Bush na última quinta-feira, prevendo um verão sangrento para suas tropas, apesar da nova estratégia que implantou.



O dia em que mais de 28 milhões de americanos se deslocam nas estradas para aproveitar o feriado tem um significado especial para os latinos.



Além dos debates sobre a reforma migratória, que pretende dar papéis a quase 12 milhões de residentes sem documentos, os lares dessa minoria são os que mais sofreram, proporcionalmente.



Calcula-se que cerca de 700 mil hispanos morreram na guerras que os EUA participaram ou promoveram desde o início do século 20.



No Iraque, 11% dos militares mortos em combates eram de origem latina, 10% eram negros e 37% anglo-saxões, de acordo com estatísticas do Departamento de Defesa.



Atualmente, mais de 53 mil hispanos estão em serviço militar ativo desde 2003, muitos deles são sem documentos que esperam normalizar sua situação depois dos debates no Congresso.



O Memorial Day (Dia da Memória), é um feriado em homenagem aos mortos em todas as agressões militares dos Estados Unidos no mundo, festejado sempre na última segunda-feira de maio.


 


Com informações da agência Prensa Latina