Pessimismo toma conta de socialistas franceses

Diante das recentes pesquisas eleitorais divulgadas nesta quarta-feira (6) na França, integrantes do Partido Socialista demonstraram sinais de extremo pessimismo em relação às eleições legislativas de 10 a 17 de junho, apostando apenas em uma renovação da

Até a “popular e combativa” ex-candidata presidencial Sègoléne Royal, como foi chamada pela agência Prensa Latina, fez um apelo urgente aos mais de 44 milhões de franceses, convocados a votar no próximo domingo.



“A direita não pode ser proprietária da França”, destacou a governadora da região sudeste de Poitou Charentes, que decidiu não se candidatar à campanha para eleger 577 novos deputados para a Assembléia Nacional.



A temida queda do PS e de outras forças de esquerda, centristas e ecologistas, é mais notável a partir das divisões internas em suas filas e a ausência de vontade para criar alianças estratégicas.



O Liberatión, um diário ligado aos socialistas, perguntou-se em editorial das conseqüências de uma democracia moderna sem oposição.



“Se a esquerda não acordar e o eleitor não tomar cuidado, corremos o risco de viver cinco anos de poder único”, frisou o periódico.



Sègoléne se coloca, a priori, a única alternativa para buscar um contrapeso ao poder na França, mas os analistas locais advertiram que pouco poderá ser feito se foram cumpridas as previsões das pesquisas.



A conservadora União por umn Movimento Popular (UMP), do presidente da república, Nicolás Sarkozy, deverá obter de 420 a 460 postos no parlamento. Já o PS, deverá eleger entre 80 e 120 candidatos, o que deixaria o resto das organizações completamente desamparadas.



Na atual composição, o congresso francês, tem 149 deputados socialistas para 359 da UMP.