CNT-Sensus mostra mais otimismo do brasileiro com economia

A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (26) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), revelou que a avaliação da política econômica do governo melhorou. Para 47,5% dos entrevistados, a política econômica do governo “tem sido conduzida de

A fatia dos entrevistados que consideram inadequada a condução da política econômica caiu de 46,3% em agosto passado para 40,6% em junho de 2007. A parcela dos que não sabem ou não responderam também caiu de 17,8% para 12%.



“Acomodação de indicadores”



A pesquisa revelou que oscilou positivamente o índice de avaliação do cidadão sobre a situação do emprego, da renda, da saúde, da educação e da segurança pública, nos últimos seis meses. O indicador passou de 42,48 pontos, em abril, para 44,03 pontos, em junho. Segundo presidente da Sensus, Ricardo Guedes, essa melhora é resultado da percepção dos entrevistados de que a renda mensal aumentou.



Por outro lado, o índice de expectativa do cidadão em relação a esses mesmos itens para os próximos seis meses caiu de 66,58 pontos, em abril, para 62,69 pontos, em junho. Guedes acredita que houve uma acomodação desses indicadores. Segundo ele, o resultado de abril ainda estava influenciado pelas perspectivas em relação à posse do presidente, em janeiro. Ele destacou também que, embora tenha havido uma queda, o indicador ainda continua positivo.



47,5% “bom-ótimo”, 14% “ruim-péssimo”



A sondagem mostra que houve uma oscilação para menos na avaliação positiva do governo Lula, dentro da margem de segurança de 3 pontos percentuais. Na última pesquisa CNT/Sensus que fez a pergunta, em abril passado, 49,5% dos entrevistaram avaliaram o governo como “bom” ou “ótimo”; agora, a avaliação foi para 47,5%. Já a avaliação “regular” subiu de 34,3% para 36,5% no mesmo período. A avaliação negativa ficou praticamente estável, com leve queda de 14,6% em abril para 14% em junho. Contudo, o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, destacou que este resultado foi o segundo melhor para o governo desde a crise política de 2005.



A aprovação pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve ligeira oscilação para mais. Em abril, 63,7% dos entrevistados aprovavam o presidente; em junho, essa taxa subiu para 64%. A desaprovação também oscilou para cima, de 28,2% para 29,8%. Os que não souberam ou não responderam somam 6,3% em junho, ante 8,2% em abril.



A pesquisa foi realizada no período de 18 a 22 de junho, em 136 municípios de 24 Estados. Foram feitas 2 mil entrevistas, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.



Crise aérea “é da classe média”



A crise aérea é do conhecimento de 77,9 por cento da população, mas 58,8% dos que tomaram conhecimento avaliam que o governo pode resolver a situação, contra 35,5% que não acreditam em uma solução imediata para os problemas nos aeroportos.



Apesar da crise ter voltado às manchetes dos jornais nos últimos dias, “houve um decréscimo de interesse pelo assunto”, apontou Ricardo Guedes, responsável pela pesquisa. Em abril, 82% dos entrevistados tinham conhecimento do tema. “A crise, que é da classe média, vai perdendo fôlego”, acrescentou Guedes.



Dos que tomaram conhecimento, 67,2% não conhecem ninguém que tenha sido prejudicado pela crise, enquanto 8,2% foram prejudicados pessoalmente e outros 23,2% conhecem alguém que tenha sido.



Clique aqui para ver a íntegra do relatório da pesquisa CNT/Sensus