Rio vai pedir permanência da Força Nacional depois do Pan

Segundo o secretário, a permanência de pelo menos dois mil homens da tropa de elite, enviada ao Rio para atuar durante o Pan, seria uma solução temporária para o déficit de cerca de 10 mil homens, contabilizado atualmente pela Polícia Militar fluminense. A maior preocupação de Beltrame é garantir o policiamento da região metropolitana, onde, segundo ele, ocorrem 95% dos crimes praticados no estado.

“Temos deficiência de efetivo e precisamos lutar para dirimir esse número baixo. Então, nós vamos buscar, e já estamos em tratativas para isso: manter a Força Nacional aqui, pelo maior período possível, para que os projetos e ações governamentais para o suprimento desse efetivo da Polícia Militar aconteçam”, afirmou Beltrame.

O secretário defende o emprego da Força Nacional no Rio pelo menos até o final deste ano, tempo mínimo para dar início aos trâmites burocráticos necessários para contratação de novos policiais militares por concurso público. Ele informou que a Secretaria estadual da Fazenda prevê a contratação de 7.500 policiais militares nos próximos três anos. 

“Enquanto isso acontece, como nós temos que prover segurança pública, hoje, agora – a população não pode mais esperar – as forças externas para ajudar no policiamento, para dar ostensividade ao cidadão, são muito bem-vindas, seja Força Nacional ou Forças Armadas, agora elas têm que vir, ficar aqui e se imbuir dos projetos e dos objetivos da Polícia Militar”, acrescentou o secretário.

Beltrame destacou, no entanto, que o emprego da Força Nacional é preferível à utilização das Forças Armadas, já que a tropa composta por policiais militares dos estados tem maior familiaridade com o policiamento das ruas e sua utilização envolve menos empecilhos legais. Ele ressaltou o sucesso obtido com o emprego dos homens da Força Nacional desde o início do ano no Rio, em preparação para atuar durante o Pan. Segundo ele, o emprego da tropa na Operação Fronteira impediu a entrada no estado de tráfico de munição e de drogas.

O secretário informou que a Operação Asfixia, em andamento desde o início de maio no Complexo do Alemão, inclusive com participação da Força Nacional no bloqueio de acessos, vai continuar durante os jogos. Ele disse que a permanência da Força Nacional no Rio após o Pan depende de ajustes entre o governo do estado, o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Segurança e também com governos dos outros estados que contribuem com o efetivo da tropa e têm direito à sua utilização.

Fonte: Agência Brasil