Metalúrgicos intensificam paralisações no RS
Os metalúrgicos irão intensificar as paralisações nesta semana no Rio Grande do Sul. O setor metalúrgico da região metropolitana de Porto Alegre, Caxias do Sul e São Leopoldo terá mobilizações mais fortes. Também será a vez dos trabalhadores em empresa
Publicado 01/07/2007 20:30 | Editado 04/03/2020 17:12
Apesar das fortes paralisações realizadas desde o dia 21, os metalúrgicos consideram insuficientes as propostas de reajuste salarial das empresas. Os trabalhadores reivindicam um aumento de 10%, enquanto que os empresários não ofereceram mais do que 5%. É o que explica o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Milton Viário.
“Primeiro, que o nosso caminho da mobilização está correto, a adesão dos trabalhadores é de 100% nos objetivos que nós estamos traçando. E em segundo lugar, que começa a modificação de proposta, com o acordo encerrado em Canoas, que ficou acima do desejo dos próprios empresários”, diz.
Canoas foi a única região que fechou acordo com as empresas até o momento. As fábricas ofereceram 6% de aumento e levaram a discussão para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), não permitindo que os trabalhadores seguissem a negociação. As mobilizações no Estado iniciaram no dia 21, em Canoas, e atingiram 14 municípios até sexta-feira, entre eles Porto Alegre, Pelotas, Caxias do Sul e Canela.
Para esta semana, os metalúrgicos estimam que mais de 15 cidades tenham fábricas paralisadas. Na região metropolitana, onde as negociações estão lentas, uma empresa será parada por dia, no movimento que os sindicalistas anunciam como o “festival de greves”. Na região de Caxias do Sul, os trabalhadores ainda pressionam para negociar.
Para Milton, está mais do que na hora dos trabalhadores serem valorizados. “Dois indicadores que dão consciência e base para as mobilizações dos trabalhadores: ano passado foi um ano de bom lucro, para a maioria das empresas. Em segundo lugar, todos os indicadores de 2007, inclusive dos patronais, são de bom desempenho e boas possibilidades de lucro. Ganhou neste ano e ganhou no ano passado, só falta agora os trabalhadores ganharem”, afirma.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores também reivindicam a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e a garantia da aposentadoria especial.
Fonte: Agência Chasque